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Ciberfeminismo e multiletramentos críticos na cibercultura

Terezinha Fernandes, Edméa Santos

Resumo


Este artigo tem como objetivo compreender como a atuação de mulheres
ciberativistas no combate à violência discursiva praticada por homens em redes
sociais pode ser mobilizadora de multiletramentos críticos da cibercultura e
contribuir com processos formativos feministas na universidade. O estudo,
com suporte no referencial teórico da perspectiva social e abordagem crítica
dos multiletramentos, dialoga com o ciberfeminismo e a violência pelo uso
da linguagem, analisando uma prática ativista e sua repercussão mundial
veiculadas em vídeos na rede social YouTube e expressas no discurso de
representantes políticos e praticantes culturais da interação. Os processos
históricos de acirramento de conflitos políticos e ideológicos relacionados
ao legado patriarcal e machista se refletem em espaços públicos e sociais e
também no ciberespaço, materializados na violência pelo uso da linguagem
em redes sociais e nas práticas de ciberativistas que lutam, resistem e
marcam o seu lugar social, apontando o potencial dessas experiências no
desenvolvimento de conhecimentos críticos para a formação social e política
de outras mulheres contra esta forma de opressão.


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