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Transversalidade entre Bourdieu e Fleck: campo e produção do conhecimento científico

Yohana Taise Hoffmann, David Antonio da Costa, Ione Ribeiro Valle

Resumo


O objetivo para este texto é apresentar duas visões a respeito do campo e a produção do conhecimento científico, a luz da epistemologia de Ludwik Fleck (1896-1961) e da sociologia de Pierre Bourdieu (1930-2002). Busca-se um diálogo e uma possível transversalidade, no sentido que os autores se cruzam por determinados conceitos e ideias em relação ao modo de pensar o campo científico e sua produção de conhecimento, analisando aproximações e afastamentos. A aproximação entre esses autores é um exercício para olhar a produção da pesquisa, e a construção de seu objeto, vislumbrando, em particular, a área da História da Educação Matemática (HEM) no Brasil. O artigo está dividido em duas partes, na primeira mobilizamos os aspectos epistemológicos que cada autor defende. Na segunda parte focamos na constituição de um campo científico, como ocorre esse processo de instituição, e quais são os movimentos, ações coletivas que fazem esse campo se fortalecer e compartilhar sua produção do conhecimento. Mobilizamos conceitos importantes para os autores, como estilo de pensamento e coletivo de pensamento para Fleck, assim como, campo científico e habitus para Bourdieu. A transversalidade entre os autores está relacionada principalmente ao conhecimento científico, como algo social e não isolado, que faz parte de um coletivo.


Palavras-chave


Campo científico. Epistemologia; Ludwik Fleck; Pierre Bourdieu; Sociologia

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