Branquitude e creche: inquietações de um pesquisador branco

Autores

  • Flávio Santiago

Palavras-chave:

Branquitude. Creche. Relações raciais. Etnografia. Sociologia da infância

Resumo

O discurso da branquitude construiu o homem branco e adulto como modelo hegemônico da humanidade, representação do legado eurocêntrico. Os pressupostos apresentados neste ensaio trazem inquietações construídas a partir de uma pesquisa etnografia, desenvolvida com crianças de zero a três anos, em uma creche pública do estado de São Paulo, Brasil. Com base nas análises, destaco que a experiência foi marcada pela leitura social do meu corpo, possuidor de traços fenotípicos brancos, os quais foram lidos a partir das imagens racialmente propagadas pela branquitude, bem como se pode observar a conservação de privilégios às crianças brancas pequenininhas.

Biografia do Autor

Flávio Santiago

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UNICAMP e realizou estágio sanduíche na Università degli Studi di Milano-Bicocca com bolsa FAPESP. Pedagogo formado pela Universidade Federal de São Carlos (2010) e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2014). Participa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sociocultural - linha Culturas Infantis (UNICAMP) . Atua nos seguintes temas: pedagogia da infância, relações raciais, relações de gênero e educação das relações étnico-raciais em creches e pré-escolas. 

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Publicado

2019-09-25

Como Citar

Santiago, F. (2019). Branquitude e creche: inquietações de um pesquisador branco. Educar Em Revista, 35(76), 305–330. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/66099

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