Formação em métodos de pesquisa na pós-graduação: abordagens multimétodos para as demandas da atualidade
Resumo
O artigo discute a importância de ensinar métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos como abordagens complementares conforme os objetivos do pesquisador. Argumenta-se que hoje o conhecimento científico não é apenas objeto de universidades, e que o mundo acadêmico mais que conhecimento científico, desde o século 19, faz parte do processo de formulação de políticas públicas, e que no século 20 o conhecimento científico se tornou um elemento-chave na delimitação de políticas. Por esse motivo, há um importante desenvolvimento das abordagens quantitativas, justamente por poderem fazer generalizações sobre uma população ou um segmento populacional, objeto de uma política, uma vez que políticas públicas visam atender às coletividades para atender a necessidade de obter dados científicos sobre essas coletividades. O artigo mostra a dupla tendência na história dos métodos de pesquisa social: por um lado o interesse meramente acadêmico e por outro a necessidade de governantes de obterem dados empíricos sobre os povos por eles governados. Essa dupla trajetória dos métodos de pesquisa social vai se integrar no século 20, entre as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, quando governantes olham para as universidades para formar os pesquisadores aplicados nas metodologias de pesquisa, adequadas para realizar pesquisas como subsídios à formulação e avaliação de política pública.
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