A questão antropológica na Educação quando o tempo da barbárie está de volta

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Palavras-chave:

Palavras-chaves, educação, barbárie, contemporaneidade, antropologia, ciência.

Resumo

Por um lado, indícios de volta da barbárie; por outro, debates sobre os direitos dos animais, de robôs e até de extraterrestres. Hoje, observa-se uma indeterminação crescente quanto à defi nição do que é um ser humano, ou seja, quanto à questão antropológica. Essa é uma questão fundamental para quem se interessa pela educação. O que os discursos sobre a educação nos dizem sobre o homem? Em um primeiro momento, interrogam-se as pedagogias “tradicionais” e “novas”, que repousam sobre discursos sobre a natureza humana. A seguir, constata-se que não existe hoje uma pedagogia “contemporânea”, com uma dimensão antropológica, mas bricolagens pedagógicas numa lógica socioeconômica da performance e da concorrência. Depois, esboça-se, do ponto de vista antropológico, a análise de alguns discursos contemporâneos, sobre a “qualidade da educação”, a “neuroeducação”, a “cibercultura”, o “transhumanismo”. Enfi m, alguns ensinos da ciência contemporânea sobre o cérebro, os genes e a evolução possibilitam entender que o ser humano é uma aventura singular e coletiva e sonhar em uma educação da solidariedade e da dignidade que contribua com a luta contra a barbárie.

Biografia do Autor

Bernard Charlot, Universidade Federal de Sergipe e Universidade Paris 8

Licenciature e DES em Filosofia

Docteur d'État da Universidade de Paris X (doutorado e livre-docência)

Professor Titular da Universidade de Paris 8. Hoje, Emerito.

Professor-Visitante da Universidade de Sergipe

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Publicado

2019-04-01

Como Citar

Charlot, B. (2019). A questão antropológica na Educação quando o tempo da barbárie está de volta. Educar Em Revista, 35(73), 161–180. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/62350

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