Pensar o ensino de Geografia como algo feito por comentaristas de textos sagrados

Autores

  • Bruno Nunes Batista Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

Palavras-chave:

Ensino de Geografia. Comentário. Discurso. Verdade.

Resumo

Este artigo trabalha o ensino de Geografia e a prática docente a partir das ferramentas de Michel Foucault, relacionadas às formações discursivas, em geral, e ao comentário, em particular. A vontade de saber orbita em torno de entender quais os regimes de verdade que compõem essa disciplina escolar. Percorrendo textos da primeira metade do século XX até os dias atuais, a partir de uma descrição panorâmica dos seus discursos, constatou-se que a verdade da Geografia escolar vai da Queda à Redenção. Entende-se por Queda a extinção desse campo do conhecimento, capitaneado pela metodologia tradicional de ensino; e por Redenção levar a bom termo as descobertas das psicologias escolares e as pedagogias ativas. No meio de tudo isso, o resultado é um discurso amarrado por palavras sagradas, dividindo o certo e o errado, e que vem fazendo dos escritos escolares um jogo de cartas marcadas, coordenado por intelectuais.

Biografia do Autor

Bruno Nunes Batista, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

Doutor, mestre e licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (IFC).

Downloads

Publicado

2018-04-06

Como Citar

Batista, B. N. (2018). Pensar o ensino de Geografia como algo feito por comentaristas de textos sagrados. Educar Em Revista, 34(68), p.235–252. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/54642

Edição

Seção

Demanda Contínua