A evasão em cursos técnicos a distância

Autores

  • Renata Luiza da Costa Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Inhumas.
  • Júlio César Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Goiânia.

Palavras-chave:

Evasão, Educação Profissional, Educação a Distância (EaD), Curso Técnico a Distância.

Resumo

O presente artigo objetiva discutir os resultados de uma pesquisa voltada para o estudo da evasão em cursos à distância com foco nos motivos ligados à instituição de ensino. A pesquisa foi realizada com alunos de cursos técnicos subsequentes nesta modalidade de um Instituto Federal. Foram analisados documentos acadêmicos e aplicado questionário semi-aberto e on-line para um grupo de 39 alunos. Os resultados mostraram que os motivos de evasão ligados à instituição (38%) são mais concentrados em questões metodológicas do funcionamento do curso a distância e questões de comunicação interna e externa com a comunidade (divulgação e edital com lacunas). Em torno de 26% dos alunos citaram frustração com o funcionamento pedagógico do curso: o formato da aula online, o modo de atuação do professor, apoio às atividades do aluno e a conjugação com momentos presenciais. A partir disso, pudemos inferir que as razões para evasão ligadas à metodologia de ensino e aprendizagem à distância estão centradas num sentimento de frustração com a aprendizagem devido a um acompanhamento pedagógico insuficiente (sem contato com o professor e o tutor não é da área da disciplina), o qual desencadeia sentimentos de não pertencimento institucional e desprezo pela aprendizagem do aluno levando este último a iniciar um processo de desinteresse pelo curso que culmina em evasão.

 

Biografia do Autor

Renata Luiza da Costa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Inhumas.

Doutora em Educação pela PUC-GO com doutorado sanduíche no Canadá. Professora efetiva do IFG do departamento de Informática. Membro dos grupos de pesquisa Kádjot e NETI. Pesquisa Educação e tecnologias digitais, EaD e desenvolvimento de sistemas com softwares livres.

Júlio César Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Goiânia.

Doutor em Arte e Cultura Visual pelo PPGACV, da Faculdade de Artes Visuais - Universidade Federal de Goiás (início: 2011-1); Mestre em Tecnologia , pelo Programa de Pós Graduação em Tecnologia - PPGTE, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR (2008); Especialista em Educação à Distância, pela Universidade Federal de Brasília - UnB (2001); Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Goiás (1994). Nome artístico: Júlio Vann. Professor de Artes (Teatro e Cinema), Ator, Diretor, Roteirista, Figurinista, Documentarista, Cineasta. Trabalha como professor de Artes, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - IFG, desde 1995. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro, Cinema e Vídeo; atuando principalmente nos seguintes temas: educação, identidade, comunicação, linguagem e estudos culturais. Integrante do KADJOT, Grupo de Estudos e Pesquisas sobre as relações entre as tecnologias e a educação, a partir de 2013. Atualmente é Diretor de Educação a Distância do Instituto Federal de Goiás.

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Publicado

2017-11-23

Como Citar

Costa, R. L. da, & Santos, J. C. (2017). A evasão em cursos técnicos a distância. Educar Em Revista, 33(66), p. 241–256. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/50700

Edição

Seção

Demanda Contínua