A educação permanente e as impermanências na educação

Autores

  • Viviane Castro Camozzato Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Avenida Tupy Silveira, 2820. Bairro São Jorge. Bagé/RS. Brasil. CEP: 96408-700
  • Marisa Vorraber Costa Universidade Luterana do Brasil, Brasil/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

Palavras-chave:

educação, educação permanente, política educativa, biopolítica e educação.

Resumo

Neste trabalho discutimos as conexões entre as transformações socioculturais advindas com a condição pós-moderna e a concepção de educação permanente. O corpus de análise é o livro Aprender a ser, de Faure et al (1972), resultante de relatório da Comissão Internacional para o Desenvolvimento da Educação, presidida por Edgar Faure, e estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A partir da noção de “aprender a ser”, delineamos e problematizamos as condições históricas que tornaram possível a emergência da educação permanente e sua formulação como um imperativo contemporâneo. Nosso objetivo foi questionar a rede de poder-saber que tem tracejado, mantido e disseminado as políticas de educação permanente e suas relações com o “aprender a ser”. Procuramos mostrar que tais políticas estimulam os sujeitos a se remodelarem constantemente frente à diversificação constante de demandas não apenas socioculturais, mas também políticas e econômicas. Argumentamos que a educação permanente surge como uma resposta às impermanências da vida contemporânea, como uma forma de monitorar e administrar seus efeitos. Ressaltamos o jogo de permanências-impermanências que abre espaços de administração e, ao mesmo tempo, de invenção.

Biografia do Autor

Viviane Castro Camozzato, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Avenida Tupy Silveira, 2820. Bairro São Jorge. Bagé/RS. Brasil. CEP: 96408-700

Licenciada em Pedagogia, mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Educação, Culturas e Pedagogias Contemporâneas e pesquisadora associada do Núcleo de Estudos sobre Currículo, Cultura e Sociedade (NECCSO). Coordenadora de área do Pibid - subprojeto Pedagogia, na Uergs Bagé.

Marisa Vorraber Costa, Universidade Luterana do Brasil, Brasil/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil.

Licenciada em Filosofia e Doutora em Ciências Humanas (UFRGS) com estágios de pós-doutorado em universidades de Portugal, Espanha e Alemanha. Professora Titular em Ensino e Currículo da UFRGS (aposentada), presentemente atua nos programas de pós-graduação em Educação da ULBRA e da UFRGS (convidada). Foi pesquisadora do CNPq durante quinze anos e tem investigado as conexões entre educação e cultura contemporânea. 

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Publicado

2017-06-18

Como Citar

Camozzato, V. C., & Costa, M. V. (2017). A educação permanente e as impermanências na educação. Educar Em Revista, p. 153–169. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/49313

Edição

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