Sobre a educação cultural e ético-política dos professores

Autores

  • Licínio C. Lima Universidade do Minho

Palavras-chave:

Formação de professores, Educação cultural, Educação ético-política, Paulo Freire

Resumo

A formação de professores como educadores profissionais tem sido dominada
pela razão instrumental. Políticas educativas baseadas no gerencialismo, na
performance competitiva da escola, em padrões de avaliação, têm sublinhado
a necessidade de um novo tipo de professor: um professor altamente racional,
dotado de um perfil fortemente técnico. Instituições de formação também
têm mudado os seus projetos educativos para a formação de professores,
agora muito centrados nas novas tecnologias e em instrumentos práticos para
a ação didática, para avaliações de todo o tipo, para a microgestão da sala
de aula e para a medição através de testes, o uso de padrões e a produção
de evidência empírica sobre o seu trabalho. Estas tendências instrumentais
e os riscos envolvidos no processo de didatização da educação dos professores são criticados com base na importância de uma educação cultural e ético-política de professores. Os trabalhos de Paulo Freire foram escolhidos como a principal fonte para refletir sobre algumas das exigências básicas para alguém se tornar um professor, de acordo com uma agenda democrática e crítica. De acordo com a prespectiva freiriana, as possíveis contribuições resultantes de uma educação emancipatória e transformadora de educadores profissionais exigirão a capacidade de combinar formação técnica, científica e profissional com educação política, sonho e utopia.

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Publicado

2016-09-20

Como Citar

Lima, L. C. (2016). Sobre a educação cultural e ético-política dos professores. Educar Em Revista, 32(61), p. 143–156. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/46864

Edição

Seção

Dossiê Temático