Provinha Brasil e avaliação formativa: um diálogo possível?

Autores

  • Benigna Villas Boas Universidade de Brasília
  • Elisângela Gomes Dias Faculdade LS

Resumo

Este texto apresenta parte dos resultados de uma pesquisa referente ao
processo desencadeado pela aplicação da Provinha Brasil em uma escola
de Ensino Fundamental. As pesquisadoras acompanharam o trabalho
desenvolvido pelos gestores da escola, coordenadores e professores, em
especial as docentes das quatro turmas de 2º ano do Ensino Fundamental. Identificaram-se concepções distintas em relação ao uso da Provinha Brasil decorrentes do processo de microrregulação local. Tais concepções revelam que o instrumento ora era tomado como mecanismo de exclusão, com foco no resultado final do teste, ora era tido como um mecanismo de inclusão dentro do espaço escolar, sendo um indicador do processo avaliativo que favorece a tomada de decisão. No estudo empreendido, partiu-se do pressuposto de que a Provinha Brasil pode contribuir para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem se for compreendida no interior das instituições educacionais e pelas políticas públicas e articulada com a avaliação da aprendizagem via avaliação institucional. Entendeu-se que a questão central não reside na negação da avaliação externa, mas no uso que se faz dela. Todavia, não se desconsiderou que as políticas públicas educacionais e as dinâmicas escolares refletem processos sociais constituídos a partir dos interesses vigentes na sociedade.

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Publicado

2015-06-09

Como Citar

Villas Boas, B., & Gomes Dias, E. (2015). Provinha Brasil e avaliação formativa: um diálogo possível?. Educar Em Revista, p. 35–53. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/41421

Edição

Seção

Dossiê Temático