Juventudes, moratória social e gênero: flutuações identitárias e(m) histórias narradas

Autores

  • Sandra dos Santos Andrade Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Dagmar Estermann Meyer

Resumo

O artigo desdobra-se de uma pesquisa inscrita nos campos dos estudos de gênero e culturais em articulação com o pós-estruturalismo foucaultiano, que focalizou a relação entre juventudes e processos de escolarização. O trabalho de campo incluiu entrevistas narrativas realizadas com 19 jovens, observações do espaço escolar e discussões em grupo com estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de uma escola estadual da periferia de Porto Alegre/RS. Aqui, apresentamos uma análise cultural das narrativas juvenis, na qual problematizamos o conceito de moratória social para discutir relações entre juventude, moratória social e gênero. Nessa análise, o processo de escolarização emergiu como um forte componente da moratória e como o lugar onde se ancoram as experiências que importam, na perspectiva dos/as próprios/as jovens, quando se trata da constituição de seu futuro, de seu vir a ser. Evidenciou-se, também, que a juventude se oferece de modo diferente
a jovens homens e mulheres e que elas e eles vivem a moratória em tempos e de modos distintos, principalmente quando ao gênero se articula a dimensão de classe.

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Publicado

2014-05-19

Como Citar

Andrade, S. dos S., & Meyer, D. E. (2014). Juventudes, moratória social e gênero: flutuações identitárias e(m) histórias narradas. Educar Em Revista, 1(53), p. 85–99. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/36463

Edição

Seção

Dossiê Temático