A intricada leitura de literatura – um novo processo socioeducacional de conhecimento
Resumo
Frente aos desafios educacionais neoliberais pós-modernos, à escola brasileira – e à prática / ensino de leitura também literária – cumpre-se o objetivo de reconstruir o novo sobre as marcas de uma relação pedagógica professor-aluno rotineiramente desgastada. Nesse ambiente, surgem questões como o que se pretende lendo aleatoriamente textos na escola? Para onde leva essa leitura? Quem somos, quando se lê? Por que nos transformamos nessas cibermáquinas de passividade metodológica? Nossos alunos estão sendo orientados, previamente, a leituras de determinados autores canônicos, e não canônicos, sabendo o motivo de tal leitura aplicada a sua realidade de leitor? E “ler” literatura é algo que se ensine? Pode-se ensinar alguém a ler entendendo a leitura como fonte dupla de informação e prazer? Não há mais como imaginar uma escola periférica, às margens dos acontecimentos diários e, assim, ou essa nossa nova escola – professores, alunos, agentes administrativos – se adapta produtivamente a essa realidade contemporânea ou estará fadada a perder o rumo da história nacional, regional e mundial. Adaptação produtiva, no sentido de renovar a crítica aos costumes, aos valores, aos preconceitos. Os dados que complementam tais questões teóricas resultam de pesquisa desenvolvida com alunos do ensino médio, de uma escola pública de São Paulo-Brasil, com o objetivo de avaliar, em sala de aula, práticas de uma leitura produtiva com foco no papel do que aqui se considera como leitor-real.
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