O álcool e o alcoolismo na obra de Monteiro Lobato de 1918. Urupês e Problema Vital: uma análise à luz do Movimento eugênico da época

Autores

  • Araci Asinelli da Luz

Palavras-chave:

Educação

Resumo

Num contexto em que se discute os rumos da educação brasileira, onde estão imbricadas questões de bioética, de fome, de miséria, de­semprego, descriminação de drogas, casos de alcoolismo e outras drogas na escola, a pandemia da AIDS, doenças ligadas a aspectos de saneamento básico, entre outros, fazer o uso da “metáfora da tou­peira” (Bizzo), indo “cavar” no início do programa eugênico brasileiro alguns dos principais pensamentos da época, pode (quiçá) auxiliar a melhor desvendar a "compactação da terra" que forma o solo fértil do conhecimento atual. Assim é que, em Monteiro Lobato, consagrado escritor e figura de destaque na memória cultural brasileira, pela forte participação nas causas nacionais de sua época, vamos buscar interpretar até que ponto o uso do álcool e o al­coolismo fazem parte do “conjunto de taras a ser extirpado da iden­tidade brasileira a fim de remover obstáculos ao desenvolvimento nacional” (Bizzo, p. 99). Escolhemos as obras escritas em 1918, Urupês e Problema vital, por retratarem os problemas do povo brasileiro, e ter sido a publicação de Problema vital, promovida como primeiro ato da fundação da Sociedade Eugência de São Paulo, em 1918, junto com a Liga Pró-Saneamento do Brasil, tendo como prefaciador o Dr. Renato Kehl, seu presidente. De certa forma, Monteiro Lobato estava servindo de “referencial para qualquer es­tudo sobre eugenia no Brasil” (Bizzo, p. 100).

Downloads

Como Citar

Luz, A. A. da. (1996). O álcool e o alcoolismo na obra de Monteiro Lobato de 1918. Urupês e Problema Vital: uma análise à luz do Movimento eugênico da época. Educar Em Revista, 12(12), p. 117–134. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/36027

Edição

Seção

Demanda Contínua