A violência da escola na voz de futuros professores: uma probabilidade da produção da cultura da violência em ambientes escolares?
Palavras-chave:
Violência, Escola, Professor, AlunoResumo
O objetivo desta pesquisa é mostrar os tipos de violência cometidos por professores que foram testemunhados e/ou vivenciados por futuros professores durante sua história de escolarização. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa cuja forma é descritivo-analítica. A coleta, organização e análise de dados foram procedidas por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977). A conceituação foi triangulada a partir de Bernard Charlot, Pierre Bourdieu e do Relatório do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP) (CARDIA, 2012). Os sujeitos são 12 alunos que, em 2011, cursavam a licenciatura em Pedagogia na Faculdade de Ciências e Letras – Campus de Araraquara – Universidade Estadual Paulista (UNESP). A grande maioria do grupo de sujeitos afirmou ter testemunhado ou vivenciado violência por parte de professores durante sua formação básica. Segundo esses sujeitos, os tipos de violência mais recorrentes são de natureza simbólica. Eles frequentaram, não igualmente, o sistema público de ensino e o sistema privado. A violência, sobretudo simbólica, ocorreu nos dois sistemas de ensino. Portanto, trata-se de um fenômeno que atinge diferentes frações de classes. Levando em conta que os sujeitos deste estudo são futuros professores, estabeleceu-se relação com a noção de “ciclo de abusos” e “produção da cultura da violência”, tendo em vista o futuro exercício docente do grupo em questão. Busca-se, aqui, compreender a complexidade do fenômeno da violência em meio escolar e não estabelecer um jogo entre culpados e inocentes. Tampouco estabelecer estigmas indissociáveis, ou não, sobre a violência da escola.
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