OS SABERES DAS PESCADORAS E PESCADORES ARTESANAIS: UM APRENDIZADO EMANCIPATÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v14i2.83083Resumo
O presente artigo está alicerçado na trajetória de vida de pescadoras e pescadores artesanais, do litoral do Paraná, na comunidade pesqueira da cidade de Matinhos. Considerando a relevância dessa trajetória, o objetivo que se consolida por meio desses escritos, é de dar visibilidade à forma como essas práticas pesqueiras artesanais coexistem e resistem, respectivamente, com e aos obstáculos impositivos de uma economia capitalista, no universo de uma produção global. Emerge, no tocante ao referido, um desenvolvimento alternativo, em relação à subsistência da comunidade pesqueira, substanciada pela cultura de tradição caiçara. Seguindo os passos de uma metodologia etnográfica, em que consiste as narrativas que se configuram pelo observar das ações, pela disponibilidade de ouvir as representações, e assim vivenciando as experiências dos atores sujeitos desta pesquisa, foi possível, por intermédio desses instrumentais, o entendimento para a interpretação no contexto das análises do que aqui se propõe. Érelevante a compreensão de que este trabalho, fruto de estudos de campo, foi conduzido em um processo de construção decolonial e, que por tal, aviva olhares reflexivos, sob diferentes ângulos à complexidade que se instaura na temática da pesca artesanal.
Palavras-chave: Cultura caiçara; Trajetórias; Coexistência; Alternativas de desenvolvimento.
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