O GUARÁ Eudocimus ruber NA BAÍA DE GUARATUBA
LEVANTAMENTO POPULACIONAL, ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO E BIRDWATCHING
DOI:
https://doi.org/10.5380/diver.v18i1.97229Resumo
O Guará, Eudocimus ruber, esteve ausente dos manguezais da Baía de Guaratuba por cerca de 80 anos quando, em 2008, voltou a ser registrado e a povoar a região. O presente estudo realizou 114 saídas de campo embarcadas de janeiro/ 2019 a dezembro/2021 para localizar as áreas de ocorrência, realizar o levantamento populacional, detectar respostas comportamentais na presença de embarcações de turismo e pesca e diagnosticar as áreas prioritárias para a conservação da espécie na Baía de Guaratuba. Foram registrados 72 sítios de ocorrência, sendo 55 de manutenção/repouso, 15 de forrageamento/alimentação e dois dormitórios. Não foram localizados sítios de reprodução. A área de ocorrência dos guarás na baía de Guaratuba, calculada pelo método do Polígono Mínimo Convexo, foi de <59,13 km2 e se sobrepõe em grande medida a área de manguezal (57,67 km2), denotando a importância dos manguezais para a conservação da espécie. O período menos chuvoso é o que apresenta maior número de adultos e, portanto, é o mais recomendado para atividades de birdwatching, o que é interessante pra a economia local pois coincide com a baixa temporada de sol e praia. Não foram observadas respostas positivas à presença de embarcações de turismo e pesca e as respostas tendem a ser neutras em torno de 130 m, distância esta que deve ser respeitada na aproximação das embarcações dos bandos de guarás. As Ilhas do Perigo e do Capim (sítios dormitório) e a Ilhota do Quilombo e a Coroa do Cedro (sítios de forrageamento/alimentação) foram consideradas prioritárias para conservação.
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