Open Journal Systems

ACESSIBILIDADE, ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE: UM ESTUDO DE CASO CONSIDERANDO O PONTO DE VISTA DE PESSOAS CEGAS OU COM BAIXA VISÃO

Suelen Aparecida Felicetti, Angelita Gralak Bernardine, Zulméia Carteli, Sandro Aparecido dos Santos

Resumo


Atender as condições de acessibilidade dos espaços públicos é requisito para garantir o cumprimento dos direitos das pessoas cegas ou com baixa visão. Por isso, o objetivo deste trabalho foi analisar por meio de um estudo de caso o que pensam 5 pessoas cegas ou com baixa visão, com idade entre 24 e 41 anos, sobre as condições de acessibilidade dos espaços públicos da cidade de Guarapuava/PR e como isso interfere na orientação e mobilidade. Primeiro foi feita uma análise da literatura sobre a acessibilidade, a cegueira e a baixa visão. Depois, foi realizado um estudo de caso, no qual foram analisados, utilizando entrevista semiestruturadas, os discursos dos sujeitos cegos ou com baixa visão quanto as suas facilidades e dificuldades de orientação e mobilidade nos espaços públicos e quanto às condições de acessibilidade. Então os discursos foram relacionados com os aspectos identificados na literatura. Percebeu-se que as ruas, travessias e o transporte público, não atendem os quesitos de acessibilidade imprescindíveis para o desenvolvimento da orientação e da mobilidade. Faltam pisos táteis, as calçadas são irregulares, faltam semáforos sonorizados e sonorização no transporte público. Questiona-se esta realidade, já que a garantia de acessibilidade está prevista na legislação brasileira, e que existe um desenho universal para os espaços públicos que atende as condições da cegueira e da baixa visão. Espera-se que essa pesquisa represente um incentivo à implementação de recursos de acessibilidade nos espaços físicos, garantindo a independência e o respeito aos direitos dos cidadãos cegos ou com baixa visão.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/diver.v9i1/2.50082

Apontamentos

  • Não há apontamentos.