Revisiting the causes of Brazilian juristocracy: Judicial mobilization on the National Constituent Assembly (1987-1988) and the strengthening of the Brazilian’s Supreme Federal Court

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v63i2.59168

Keywords:

Brazilian juristocracy. Transition to democracy. National Constituent Assembly. Supremo Tribunal Federal.

Abstract

The work turns to the causes of the judicialization of politics in Brazil, when questioning the factors, in the National Constituent Assembly (1987-1988), that allowed the expansion of the institutional role of the Federal Supreme Court (STF) in the future constitutional order. From the deductive method, it is based on the contribution of Ran Hirschl (2004), which explains the worldwide movement that strengths judicial institutions, as product of the political dynamics among the internal power groups, in their confidence that “juristocracy” would be more favorable to them in the future (self-interest hegemonic preservation). In this universe, the author highlights the role of members of legal and judicial elites, as a relevant part in these processes, in their claim to increase their power and/or gain international reputation. The Brazilian case study is supported by the literature review on the democratic transition and the constituent process, as well as documentary research, to identify the participation, influences and dissent between jurists and STF justices during the assembly, especially in the Subcommittee on Judiciary and Public Prosecutor’s Office.

Author Biography

Flávia Danielle Santiago Lima, Universidade de Pernambuco PPGD da Universidade Federal de Pernambuco

Flavia Danielle Santiago Lima, Professora do PPGD-UFPE, da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisadora visitante na Universitat de València. Advogada da União. 

References

ABRANCHES, Sérgio Henrique H. de. Presidencialismo de coalizão: o dilema institucional brasileiro. Dados: Revista de Ciências Sociais, v. 31, n. 1, p. 5-32, 1988.

ALMEIDA, Frederico Normanha Ribeiro de. A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil. 2010. Tese (Doutorado em Ciência Política) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

ANDRADE, Louise Dantas de. Agenda-setting: análise do comportamento do Supremo Tribunal Federal no controle concreto de constitucionalidade. Recife: Universidade Católica de Pernambuco (Mestrado em Direito), 2015.

ARTURI, Carlos S. O debate teórico sobre mudança de regime político: o caso brasileiro. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 17, p. 11-31, nov. 2001.

BACKES, Ana Luiza; AZEVEDO, Débora Bithiah de; ARAÚJO, José Cordeiro de (Org.). Audiências públicas na Assembleia Nacional Constituinte – a sociedade na tribuna. Brasília: Edições Câmara, 2009.

BRASIL. Assembleia Nacional Constituinte. Parecer Final do Relator. Disponível em: https://goo.gl/TaO0bP. Acesso em: 12 out. 2016.

BRASIL. Assembleia Nacional Constituinte. Resolução nº 2 de 1987. Dispõe sobre o Regimento Interno da Assembleia Nacional Constituinte. Disponível em: https://goo.gl/LJswGI. Acesso em: 20 dez. 2017.

BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 24 de fevereiro de 1891. Disponível em: https://goo.gl/sAFzr. Acesso em: 3 nov. 2012.

BRASIL. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 16 de julho de 1934. Disponível em: https://goo.gl/SsgAZ. Acesso em: 3 nov. 2012.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://goo.gl/zaRrL. Acesso em: 3 nov. 2012.

BRASIL. Constituição da República os Estados Unidos do Brasil, de 18 de setembro de 1946. Disponível em: https://goo.gl/glZTW. Acesso em: 3 nov. 2012.

BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil, de 10 de novembro de 1937. Disponível em: https://goo.gl/7CtHjw. Acesso em: 4 nov. 2012.

BRASIL. Decreto nº 848, de 11 de outubro de 1890. Diário Oficial da União. Rio de Janeiro, 1890. Disponível em: https://goo.gl/qonBq2. Acesso em: 15 nov. 2016.

BRASIL. Emenda Constitucional nº 7, de 13 de abril de 1977. Incorpora ao texto da Constituição Federal disposições relativas ao Poder Judiciário. Disponível em: https://goo.gl/v2QkLn. Acesso em: 11 nov. 2016.

CARVALHO NETO, Ernani Rodrigues de. A ampliação dos legitimados ativos na Constituinte de 1988: revisão judicial e judicialização da política. Revista Brasileira de Estudos Políticos, n. 96, p. 293–325, jul./dez., 2007.

CARVALHO, Ernani Rodrigues de. Revisão abstrata de legislação e judicialização da política no Brasil. São Paulo: USP (Tese de Doutorado), 2005.

CARVALHO, Ernani. Trajetória da revisão de constitucionalidade no desenho institucional brasileiro: tutela, autonomia e judicialização. Sociologias, Porto Alegre, ano 12, n. 23, p. 176-207, jan./abr. 2010.

CARVALHO, Ernani; BARBOSA, Luis Felipe Andrade; GOMES NETO, José Mário Wanderley. OAB e as prerrogativas atípicas na arena política da revisão judicial. Revista Direito GV, São Paulo, p. 69-98, jan-jun., 2014.

CODATO, Adriano Nervo. Uma história política da transição brasileira: da ditadura militar à democracia. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 25, p. 83-106, nov. 2005.

CORRÊA, Oscar Dias. O Supremo Tribunal Federal, corte constitucional do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 1987.

COSTA, Alexandre Araújo; CARVALHO, Alexandre Douglas Zaidan de; FARIAS, Felipe Justino de. Controle de constitucionalidade no Brasil: eficácia das políticas de concentração e seletividade. Revista Direito GV, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 155-187, jan./abr. 2016.

CRUZ, Álvaro Ricardo de Souza. Jurisdição constitucional democrática. Belo Horizonte: Del-Rey, 2004.

DELGADO, Tarcisio. A história de um rebelde. Brasília: Fundação Ulysses Guimarães, 2006.

FEREJOHN, John. Judicializing politics, politicizing law. Law and Contemporary Problems, v. 65, n. 3, p. 41-69, 2002.

GOMES, Sandra. O impacto das regras de organização do processo legislativo no comportamento dos parlamentares: um estudo de caso da Assembléia Nacional Constituinte (1987-1988). Dados, Rio de Janeiro, v. 49, n. 1, p. 193-224, 2006.

HIRSCHL, Ran. Towards juristocracy. The origins and consequences of the constitutionalism. Cambridge: Harvard University Press, 2004.

KOERNER, Andrei. Judiciário e cidadania na Constituição da República Brasileira. São Paulo: Hucitec/Departamento de Ciência Política, USP, 1998.

KOERNER, Andrei; FREITAS, Lígia Barros de. O Supremo na constituinte e a constituinte no Supremo. Lua Nova, São Paulo, n. 88, p. 141-184, 2013.

LAMOUNIER, Bolívar (org.). De Geisel a Collor: o balanço da transição. São Paulo: Idesp/Sumaré, 1990.

LE GOFF, Jacques. História e memória. 5. ed. São Paulo: Unicamp, 2003.

LIMA, Flávia Santiago. Dirigismo e comunitarismo no processo constituinte brasileiro: considerações sobre a opção pelo Estado Democrático e Social de Direito. Revista da AGU, v. 8, n. 21, p. 143–162, jul./set., 2009.

LIMA, Flávia Santiago. Jurisdição constitucional e política: ativismo e autocontenção no STF. Curitiba: Juruá, 2014.

LOUBACK, Joyce. Os conceitos de igualdade, cidadania e democracia nos discursos do campo popular ao longo da Assembleia Constituinte de 1987-1988. Rio de Janeiro: UERJ (Tese de Doutorado), 2016.

PILATTI, Adriano. A Constituinte de 1987-1988 – progressistas, conservadores, ordem econômica e regras do jogo. Rio de Janeiro: PUC, 2008.

PRZEWORSKI, Adam. The Games of Transition. In: MAINWARING, S., O’DONNELL, G. & VALENZUELA, A. Issues in Democratic Consolidation: The New South American Democracies in Comparative Perspective. Notre Dame: University of Notre Dame Press, 1992.

RECONDO, Felipe. Tanques e togas – o STF e a ditadura militar. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

ROCHA, Antônio Sérgio. Genealogia da Constituinte: do autoritarismo à democratização. Revista Lua Nova, n. 88, São Paulo, p. 29-87, 2013.

SADEK, Maria Tereza. A organização do Poder Judiciário no Brasil. SADEK, Maria Tereza (Org.). Uma introdução ao estudo da Justiça. São Paulo: Sumaré, 1995, p. 9-16.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Direito e democracia: a reforma global da justiça. In: PUREZA, José Manuel, FERREIRA, António Casimiro (Org.), A teia global. Movimentos sociais e instituições. Porto: Afrontamento, 2001, p. 125-177.

SOUZA, Márcia Teixeira de. O processo decisório na Constituição de 1988: práticas institucionais. Revista Lua Nova, n. 58, São Paulo, p. 37- 60, 2003.

TAVARES FILHO, Newton. Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público. In: BACKES, Ana Luiza; AZEVEDO, Débora Bithiah de; ARAÚJO, José Cordeiro de (Org.). Audiências públicas na Assembleia Nacional Constituinte – a sociedade na tribuna. Brasília: Edições Câmara, 2009, p. 219-238.

TAYLOR, Matthew M. O Judiciário e as políticas públicas no Brasil. Dados – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 50, n. 2, p. 229-257, 2007.

VIANNA, Luiz Werneck; BURGOS, Marcelo Baumann; SALLES, Paula Martins. Dezessete anos de judicialização da política. Tempo Social (Revista de Sociologia da USP), v. 19, n. 2, p. 39-85, 2007.

VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremo Tribunal Federal. Jurisprudência política. São Paulo: Malheiros, 2002.

VIEIRA, Oscar Vilhena. Supremocracia. Revista Direito GV, v. 4, p. 441-459, 2008.

Published

2018-08-31

How to Cite

Lima, F. D. S. (2018). Revisiting the causes of Brazilian juristocracy: Judicial mobilization on the National Constituent Assembly (1987-1988) and the strengthening of the Brazilian’s Supreme Federal Court. Revista Da Faculdade De Direito UFPR, 63(2), 145–167. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v63i2.59168

Issue

Section

Artigos