O sistema interamericano de direitos humanos e a proteção dos direitos sexuais e reprodutivos
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v62i2.49287Parole chiave:
Direitos Humanos. Direito internacional. Reprodução. Sexualidade.Abstract
A contemporaneidade inaugurou novas formas de ser e estar no mundo, emprestando especial relevância às experiências concretas dos sujeitos, recusando a igualdade formal e abstrata típica da Modernidade. Nesse contexto de reconhecimento de diferenças e visibilização de demandas identitárias, o caminhar rumo à concretização de direitos humanos passa, necessariamente, pela dimensão da sexualidade e do direito de (não) reprodução. Com isso, categorias como família, casamento, sexo, afeto e desejo são reiteradamente questionadas (e ressignificadas). Quando o direito doméstico não responde adequadamente às demandas que lhe são submetidas, instituições como o Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH) revelam-se fundamentais no resgate do ideal universal de direitos humanos, atento às particularidades regionais. Portanto, este artigo trata, empregando o método hipotético-dedutivo, dos direitos sexuais e reprodutivos no direito internacional dos direitos humanos, a partir da análise de casos emblemáticos processados no âmbito do SIDH.
Riferimenti bibliografici
ÁVILA, Maria Betânia. Modernidade e cidadania reprodutiva. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v.1, n. 2, p. 382-393, 1993. Disponível em: https://goo.gl/qRNjGh. Acesso em: 25 out. 2016.
CORBIN, Alain; COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, Georges. História do corpo: as mutações do olhar: o século XX. Tradução e revisão Ephraim Ferreira Alves. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
FIRESTONE, Shulamith. La dialectica del sexo: en defensa de la revolucion feminista. Barcelona: Kairós, 1976.
FREUD, Sigmund. Three contributions to the sexual theory. Tradução A. A. Brill. Nova Iorque: The journal of nervous and mental disease publishing company, 1910.
FRIEDAN, Betty. Mística feminina: o livro que inspirou a revolta das mulheres americanas. Rio de Janeiro: Vozes, 1971.
GALIMBERTI, Umberto. Il corpo. 20. ed. Milano: Feltrinelli, 2010.
GARAVITO, César Rodrigues; KAUFFMAN, Celeste. De las órdenes a la práctica: análisis y estrategias para el cumplimiento de las decisiones del sistema interamericano de derechos humanos. In: MAIA, Camila Barreta et al. (Org.). Desafíos del sistema interamericano de derechos humanos: nuevos tiempos, viejos retos. Bogotá: Centro de Estudios de Derecho, 2015.
GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. Tradução Magda Lopes. São Paulo: Ed. Unesp, 1993.
GREGORI, Maria Filomena. Limites da sexualidade: violência, gênero e erotismo. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2008, v. 51, n. 2. Disponível em: https://goo.gl/4ytf5S. Acesso em: 28 out. 2016.
HITE, Shere. O relatório Hite sobre a sexualidade masculina. São Paulo: Difel, 1982.
HITE, Shere. O relatório Hite: um profundo estudo sobre a sexualidade feminina. 4. ed. São Paulo: Difel, 1979.
ILLOUZ, Eva. Erotismo de autoayuda: cincuenta sombras de Grey y el nuevo orden romántico. Buenos Aires: Katz, 2014.
ILLOUZ, Eva. Por qué duele el amor? Una explicación sociológica. Buenos Aires: Katz Editores, 2016.
KINSEY, Alfred et al. A conduta sexual da mulher. Rio de Janeiro: Atheneu, 1954.
KINSEY, Alfred; POMEROY, Wardell; MARTIN, Clyde. Conducta sexual del Varón. México: Editorial Interamericana, 1949.
MATTOS, Patrícia Castro. O ideal romântico do sadomasoquismo. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 669-672, ago. 2016. Disponível em: https://goo.gl/cngDcy. Acesso em: 15 nov. 2016.
PINHEIRO, Nadja Nara Barbosa. Freud e Klimt em Viena “fin-de-siècle”: interfaces entre psicanálise e arte. Cógito, Salvador, v. 9. p. 42-45, 2008. Disponível em: https://goo.gl/FQHjgA. Acesso em: 15 nov. 2016.
PIOVESAN, Flávia. Sistema Regional Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos. In: Direitos humanos e justiça internacional: um estudo comparativo dos sistemas regionais europeu, interamericano e africano. São Paulo: Saraiva, 2006.
RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação. As minorias na idade média. Tradução Marco Antonio Esteves da Rocha e Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
RIOS, Roger Raupp. Para um direito democrático da sexualidade. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 12, n. 26, p. 71-100, dez. 2006. Disponível em: https://goo.gl/TR6j7F. Acesso em: 23 out. 2016.
SAMPAIO, Paula Faustino. Direitos sexuais e reprodutivos. In: COLLING, Ana Maria; TEDESCHI, Losandro Antonio (Org.). Dicionário crítico de gênero. Dourados: Ed. UFGD, 2015, p. 166-171.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. O Sistema Interamericano de Direitos Humanos no limiar do novo século: recomendações para o fortalecimento de seu mecanismo de proteção. In: GOMES, Luiz Flávio; PIOVESAN, Flávia. O Sistema interamericano de proteção dos direitos humanos e o direito brasileiro. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2000.
Downloads
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Os autores que publicam na Revista concordam com os seguintes termos:
– os autores mantêm os direitos autorais e transferem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons — Atribuição 3.0 Brasil — CC BY 3.0 BR, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na Revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– qualquer pessoa é livre para compartilhar (copiar e redistribuir o trabalho em qualquer suporte ou formato) e para adaptar (remixar, transformar e criar a partir do trabalho) para qualquer fim, mesmo que comercial, devendo todavia, em qualquer caso, dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas no trabalho original, nos termos da Licença Creative Commons — Atribuição 3.0 Brasil — CC BY 3.0 BR e respeitados a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e outros normativos vigentes.