Mandatory vaccination as a legal duty due to fundamental right to health
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v65i2.69582Keywords:
Mandatory Vaccination. Fundamental duties. Fundamental rights. Fundamental right to health.Abstract
In Brazil, vaccination against certain diseases has been compulsory since 1975, in accordance with the rules of the Ministry of Health, except only for cases of express medical contraindication. Historically, the issue has already caused great popular dissatisfaction and, today, there are growing movements that resist the obligation to be vaccinated, even if against the law. Thus, it is considered important that this issue is analyzed in the light of fundamental rights, especially the right to health. In this sense, the article is willing to investigate mandatory vaccination, seeking its identification as a fundamental right and/or legal duty. The hypothesis is that the fulfillment of such a duty as well as the aforementioned limitation are necessary for the right to (public) health to be realized. The objective of the research, in turn, is to better understand the intersection between fundamental rights and duties and, in the case of public health, how these impose mandatory immunization on the population. The research is theoretical, applying the hypothetico-deductive approach and, to the procedure, the bibliographic method. In the end, the work hypothesis was confirmed, raised in the sense that vaccination is mandatory as a prerequisite for the realization of everyone’s right to health.
References
BALLALAI, Isabella; BRAVO, Flavia (org.). Imunização: tudo o que você sempre quis saber. Rio de Janeiro: RMCOM, 2016.
BARBIERI, Carolina Luisa Alves; COUTO, Márcia Thereza; AITH, Fernando Mussa Abujamra. A (não) vacinação infantil entre a cultura e a lei: os significados atribuídos por casais de camadas médias de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, [s. l.], v. 33, p. e00173315, 2017.
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
BRASIL. Constituição de 1891. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1891. Disponível em: https://bit.ly/2Fwk37T. Acesso em: 21 dez. 2018.
BRASIL. Constituição de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://bit.ly/3azO2qL. Acesso em: 25 jul. 2018.
BRASIL. Decreto nº 1.151, de 5 de janeiro de 1904b. Reorganiza os serviços da hygiene administrativa da União. Disponível em: https://bit.ly/3iIVRgD. Acesso em: 15 dez. 2018.
BRASIL. Decreto nº 5.156, de 8 de março de 1904c. Dá novo regulamento aos serviços sanitarios a cargo da União. Disponível em: https://bit.ly/2Y6PJqF. Acesso em: 15 dez. 2018.
BRASIL. Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976. Regulamenta a Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de vigilância epidemiológica, sobre o programa nacional de imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Disponível em: https://bit.ly/343nE7B. Acesso em: 18 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº 1.261, de 31 de outubro de 1904a. Torna obrigatorias, em toda a Republica, a vaccinação e a revaccinação contra a variola. Disponível em: https://bit.ly/2Y4XEF8. Acesso em: 15 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Disponível em: https://bit.ly/2Y41GgO. Acesso em: 18 dez. 2018.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://bit.ly/2E5TMwo. Acesso em: 18 dez. 2018.
CANCIAN, Natália. 1 em cada 4 cidades tem cobertura abaixo da meta em todas vacinas infantis. Folha de S. Paulo, São Paulo, 5 jul. 2018. Disponível em: https://bit.ly/31PPZvi. Acesso em: 15 dez. 2018.
DALLARI, Sueli Gandolfi. O eterno conflito entre liberdade e controle: o caso da vacinação obrigatória. Revista de Direito Sanitário, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 7-16, nov. 2017/fev. 2018. Disponível em: https://bit.ly/310K6fm. Acesso em: 13 dez. 2018.
DIMOULIS, Dimitri; MARTINS, Leonardo. Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Atlas, 2011.
FERNANDES, Tania Maria Dias; CHAGAS, Daiana Crús; SOUZA, Érica Mello de. Varíola e vacina no Brasil no século XX: institucionalização da educação sanitária. Ciência & Saúde Coletiva, [s. l.], v. 16, n. 2, p. 479-489, 2011.
GALE, Richard; NULL, Gary. CDC, WHO and Big Pharma Collaborate to Conceal Vaccine-Autism Link Data from Public. The Good News Today, [s. l.], 13 fev. 2017. Disponível em: https://bit.ly/34d7Krg. Acesso em: 7 out. 2019.
IDOETA, Paula Adamo. A história que deu origem ao mito da ligação entre vacinas e autismo. BBC Brasil, [s. l.], 24 jul. 2017. Disponível em: https://bbc.in/2Ylxv55. Acesso em: 18 dez. 2018.
JIMENEZ CANTISANO, Pedro. Lares, Tribunais e Ruas: a Inviolabilidade de Domicílio e a Revolta da Vacina. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 6, n. 11, p. 294-325, 2015. Disponível em: https://bit.ly/30YJxCO. Acesso em: 16 dez. 2018.
LEVI, Guido Carlos. Recusa de vacinas: causas e consequências. São Paulo: Segmento Farma, 2013.
MABTUM, Matheus Massaro; MARCHETTO, Patrícia Borba. Reflexões sobre o consentimento livre e esclarecido. In: O debate bioético e jurídico sobre as diretivas antecipadas de vontade [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015, p. 73-87. Disponível em: https://bit.ly/3iEUgs4. Acesso em: 7 out. 2019.
MATTOS, Revelino Leonardo Pires de. Revolta da Vacina (1904): Varíola e Vacinação. In: Laboratório de História Econômica e Social, Juiz de Fora, 13 a 16 de junho de 2005. Anais […]. Juiz de Fora, 2005. Disponível em: https://bit.ly/31fn7xe. Acesso em: 7 out. 2019.
NOVAIS, Jorge Reis. Direitos Sociais. Teoria jurídica dos Direitos Sociais enquanto Direitos Fundamentais. Coimbra: Coimbra Editora, 2010.
SÃO PAULO (Estado). Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP). MP obtém liminar que obriga pais a vacinar os filhos. 27 set. 2013. Disponível em: https://bit.ly/3kI3kyt. Acesso em: 15 dez. 2018.
SARLET, Ingo Wolfgang. Algumas considerações em torno do conteúdo, eficácia e efetividade do Direito à Saúde na Constituição de 1988. Revista Eletrônica sobre a Reforma do Estado, Salvador, n. 11, p. 1-17, set./out./nov. 2007.
SARLET, Ingo Wolfgang; FIGUEIREDO, Mariana Filchtiner. Algumas considerações sobre o direito fundamental à proteção e promoção da saúde aos 20 anos da Constituição Federal de 1988. Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, n. 67, p. 125-172, jul./set. 2008.
SILVA, Virgílio Afonso da. O conteúdo essencial dos direitos fundamentais e a eficácia das normas constitucionais. Revista de Direito do Estado 4, [s. l.], p. 23-51, 2006. Disponível em: https://bit.ly/2PVplLV. Acesso em: 7 out. 2019.
UGARTE, Odile Nogueira; ACIOLY, Marcus André. O princípio da autonomia no Brasil: discutir é preciso… Revista Col. Bras. Cir., [s. l.], v. 41, n. 5, p. 274-277, 2014. Disponível em: https://bit.ly/2DW2TQr. Acesso em: 7 out. 2019.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish in the Journal agree to the following terms:
– Authors retain copyright and grant the Journal the right of first publication, with the work licensed under the Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International licence, allowing the work to be shared as long as proper credit is given to the authors and the initial publication in the Journal is acknowledged;
– Reusers must provide appropriate credit, include a link to the license, and indicate if changes were made, but not in any way that suggests the licensor endorses the reuser or their use;
– Reusers may not apply additional restrictions, legal terms, or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits;
– Reusers must attribute credit to the creator and allow others to distribute, remix, adapt, and build upon the material in any medium or format, exclusively for noncommercial purposes and under the same terms, in compliance with Brazilian Law No. 9,610 of February 19, 1998, and other applicable regulations.
