The (in)dispensability of the definitive toxicological report, in the conviction for the crimes of drug trafficking, in the Court of Justice of the State of Pará
DOI:
https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v65i2.68728Keywords:
Drug trafficking. Materiality. Law 11, 343/2006. Prohibitionism. Inquisitorialism.Abstract
The purpose of this paper is to analyze the position of the Court of Justice of the State of Pará regarding the possibility of conviction in drug trafficking offenses without the definitive toxicological report. To this end, a jurisprudential survey will be carried out in the judgments of the Court, based on the deductive method and considering the provisions of Law 11,343/2006 (Brazilian Drug Law). The central hypothesis is that the Court has condemned people without the report, as remnants of an inquisitorial and prohibitionist policy. In the course of the article, the inquisitorial frame of the criminal procedural system, the delineations of the notion of materiality and truth, and the history of drug legislation in Brazil, in particular Law 11,343/2006, will be analyzed. This research presents itself as relevant, considering that it is about the largest court in the Brazilian Northern Region and that the analysis is about one of the fundamental evidences used at trials of one of the crimes that most imprisons people in the country.
References
AMARAL, Augusto Jobim do. Discurso penal e política da prova: nos limites da governabilidade inquisitiva do processo penal brasileiro contemporâneo. 2011. Tese (Doutorado em Altos Estudos Contemporâneos) – Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2011.
ANDRADE, Mauro Fonseca. Sistemas processuais penais e seus princípios reitores. 2. ed. Curitiba: Juruá Editora, 2013.
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Legislação penal especial. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
AROCA, Juan Montero. El principio acusatorio entendido como eslogan político. Revista Brasileira de Direito Processual Penal, Porto Alegre, vol. 1, n. 1, 2015, p. 66-87.
AVENA, Norberto. Processo Penal. 9. ed. São Paulo: Método, 2017.
BATISTA, Vera Malaguti. Difíceis ganhos fáceis: drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1998.
BINDER, Alberto. La fuerza de la Inquisición y la debilidad de la República. Política Criminal Bonaerense, [s. l.], n. 1, 2003.
BOITEUX, Luciana; CHERNICHARO, Luciana Peluzio; ALVES, Camila Souza. Direitos Humanos e Convenções Internacionais de Drogas: Em Busca de uma Razão Humanitária nas Leis de Drogas. In: VELCHIA, Marcelo Dalla et al. Drogas e Direitos Humanos: Reflexões em tempos de guerra às drogas [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Rede UNIDA, 2017.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Banco nacional de monitoramento de prisões – BNMP 2.0. Cadastro Nacional de Presos. Brasília: Secretaria de Comunicação Social, 2018.
BRASIL. Lei n° 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 ago. 2006. Disponível em: https://bit.ly/31OkDoE. Acesso em: 26 nov. 2018.
BRITO NETO, José Araújo de et al. Proibicionismo e políticas de drogas no Brasil. Curitiba: Editora CRV, 2016.
BRITO NETO, José Araújo de; SOUZA, Luanna Tomaz de. Proibicionismo e Controle Social: Reflexões Sobre a Emergência do Conselho Estadual sobre Drogas no Estado do Pará. In: OLIVEIRA, Anna Lins (org.). Segurança pública e justiça: direitos humanos na Amazônia. V. 1. Belém: Cromos Editora, 2015. p. 257-274.
CARVALHO, Jonatas Carlos de. Uma história política da criminalização das drogas no Brasil: A construção de uma política nacional. In: III Seminário Nacional de História: Política, cultura e sociedade. Rio de Janeiro: UERJ, 2011.
CARVALHO, Salo de. A política criminal de drogas no Brasil: estudo criminológico e dogmático da Lei 11.343/06. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
CARVALHO, Salo de. A política criminal de drogas no Brasil: estudo criminológico e dogmático da Lei 11.343/06. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
FIORE, Maurício. A medicalização da questão do uso de drogas no Brasil: reflexões acerca de debates institucionais e jurídicos. In: VENÂNCIO, Renato Pinto; CARNEIRO, Henrique (org.). Álcool e drogas na história do Brasil. São Paulo: Alameda, 2005. p. 257-290.
FIORE, Maurício. O lugar do Estado na questão das drogas: o paradigma proibicionista e as alternativas. 2011. Disponível em: https://bit.ly/2Y6gzz7. Acesso em: 20 nov. 2018.
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios; BALTAZAR JUNIOR, José Paulo. Legislação Penal Especial. São Paulo: Saraiva, 2017.
KHALED JÚNIOR, Salah Hussein. A busca da verdade no processo penal: para além da ambição inquisitorial. São Paulo: Atlas, 2013.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal. 4. ed. Salvador: Ed. JusPodivm, 2016.
LOPES JÚNIOR, Aury. Direito processual penal. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
NUCCI, Guilherme de Souza. Provas no processo penal. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
PACELLI, Eugênio. Curso de processo penal. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
PACELLI, Eugênio; FISCHER, Douglas. Comentários ao Código de Processo Penal e sua jurisprudência. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
RAMOS, Renata Cristina Marques Bolonheis. Comunidades Terapêuticas: “Novas” perspectivas e propostas higienistas. 2012. 129 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2012.
SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito Penal: Parte Geral. 4. ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 2010.
SHIMIZU, Bruno. O mal estar e a sociedade punitiva: ensaiando um modelo libertário em criminologia psicanalítica. 2015. Tese (Doutorado em Direito) – Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
VALOIS, Luis Carlos. O direito penal da guerra às drogas. 2. ed. Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2017.
ZAFFARONI, Eugenio Raúl. O inimigo no direito penal. 2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2007.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish in the Journal agree to the following terms:
– Authors retain copyright and grant the Journal the right of first publication, with the work licensed under the Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International licence, allowing the work to be shared as long as proper credit is given to the authors and the initial publication in the Journal is acknowledged;
– Reusers must provide appropriate credit, include a link to the license, and indicate if changes were made, but not in any way that suggests the licensor endorses the reuser or their use;
– Reusers may not apply additional restrictions, legal terms, or technological measures that legally restrict others from doing anything the license permits;
– Reusers must attribute credit to the creator and allow others to distribute, remix, adapt, and build upon the material in any medium or format, exclusively for noncommercial purposes and under the same terms, in compliance with Brazilian Law No. 9,610 of February 19, 1998, and other applicable regulations.
