Reforma trabalhista, desigualdade e desenvolvimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v63i3.59213

Palavras-chave:

Reforma Trabalhista. Desigualdade. Desenvolvimento. Flexibilização. Emprego.

Resumo

A Lei 13.467/2017 admite a negociação direta entre empregados e empregadores acerca de diversos aspectos relacionados às condições de trabalho. Preocupado com seus possíveis efeitos, este artigo objetiva discutir essa flexibilização de direitos, considerando a elevada desigualdade social brasileira e a questão da igualdade nessa negociação. Indaga-se, como problema de pesquisa, se a igualdade formal, pressuposta pela atual norma, é uma interpretação adequada à promoção do desenvolvimento e coerente com os objetivos fundamentais da República, expressos na Constituição Federal de 1988. Tem-se como referência as análises de Thomas Piketty (2014) e a teoria de Amartya Sen (2000), para quem o desenvolvimento é um processo de expansão das liberdades que as pessoas desfrutam, não restrito ao crescimento econômico. A pesquisa aqui apresentada é exploratória, de abordagem qualitativa, tendo como procedimentos o levantamento bibliográfico e documental, com consulta à nova legislação trabalhista e a textos oficiais dos discursos que acompanharam sua elaboração. O estudo conclui que a negociação de alguns direitos pode gerar ocupações que não contemplam a ideia de trabalho decente, uma vez que a igualdade material não está sendo garantida, podendo haver um aumento da desigualdade social no País.

Biografia do Autor

Ana Elizabeth Neirão Reymão, Centro Universitário do Pará (CESUPA) e Universidade Federal do Pará (UFPA)

Mestre em Economia (UNICAMP), Doutora em Ciências Sociais (UnB), professora do Programa de Pós-Graduação em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento do Centro Universitário do Pará (CESUPA) e da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Grupo de pesquisas CNPq Emprego, Subemprego e Políticas Públicas na Amazônia (PPGD-CESUPA). 

Shirley da Costa Pinheiro, Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA)

Juíza do Trabalho Substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. Mestranda em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional (CESUPA).  Especialista em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho (Universidade Estácio de Sá).

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Publicado

2018-12-22

Como Citar

Reymão, A. E. N., & Pinheiro, S. da C. (2018). Reforma trabalhista, desigualdade e desenvolvimento. Revista Da Faculdade De Direito UFPR, 63(3), 81–104. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v63i3.59213

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Seção

Artigos