Desafios na avaliação e manejo não farmacológico do delirium por enfermeiros em Unidade de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.1590/ce.v30i0.97798ptPalavras-chave:
Unidade de Terapia Intensiva, Delírio, Cuidados de Enfermagem, Cuidados Críticos, Segurança do PacienteResumo
Objetivo: Identificar os desafios na implementação de estratégias não farmacológicas na prevenção do delirium em pacientes críticos.
Método: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, com 25 enfermeiros intensivistas das cinco regiões do Brasil. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas entre agosto e outubro de 2023 e analisadas por meio da análise textual discursiva, conforme diretrizes do COREQ.
Resultados: As principais barreiras identificadas foram ausência de protocolos padronizados e de ferramentas para a identificação do delirium, limitações estruturais das unidades e restrições à participação da família no cuidado intensivo.
Conclusão: Desafios estruturais, institucionais e organizacionais comprometem a eficácia das estratégias não farmacológicas. Investimentos em capacitação, adequações ambientais e políticas de cuidado centradas no paciente são essenciais.
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