Educando corpos infantis: dimensões do Programa “Educação Física no Curso Primário”, 1950
DOI:
https://doi.org/10.5380/jlasss.v14i2.87580Keywords:
Educação física, curso primário, programa escolar, corpos infantis, INEPAbstract
Em janeiro de 1950 o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos colocava em circulação o Programa “Educação Física no Curso Primário”. A hipótese em tela é de que neste documento se assumiu uma perspectiva de tendência pedagógica, abandonando – pelo menos para o ensino primário – um viés higienista e militarista até então em vigor na educação física escolar, visando apresentar aos professores primários práticas acentuadamente pedagógicas para a educação do corpo infantil, conferindo centralidade à criança e suas necessidades individuais e de socialização. Identificar que práticas pedagógicas seriam essas, quais seus objetivos e como elas educariam os corpos infantis é o objetivo deste artigoReferences
Fontes
BRAGA, M. (1950). Apresentação. In: INEP. Educação Física no Curso Primário: sugestões para organização e desenvolvimento de programas. Rio de Janeiro: INEP, p. 7-12.
CORREIO DA MANHÃ. Índices alarmantes do ensino primário. Rio de Janeiro, 16 de abril de 1950, ed. 17510, p.18.
INEP. (1950). Educação Física no Curso Primário: sugestões para organização e desenvolvimento de programas. Rio de Janeiro: INEP.
REVISTA BRASILEIRA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS. (1952). In Memoriam: Murilo Braga de Carvalho. Rio de Janeiro, vol. XVII, abril-junho, nº 46, p.4.
Referências bibliográficas
BEZERRA, D. D. da S.; RIBEIRO, L. G. (2020). A história do ensino de dança no Brasil e a Educação Básica. Incomum Revista. Goiânia, v. 1, n. 1, p. 1-19.
BETTI, M. (1991). Educação física e sociedade. São Paulo: Editora Movimento.
BRASIL. DECRETO-LEI Nº 8.529, de 2 de janeiro de 1946. Lei Orgânica do Ensino Primário.
CARVALHO, M. M. C. (2002). Pedagogia da Escola Nova, produção da natureza infantil e controle doutrinário da escola. In: FREITAS, M. C.; KULHMANN JÚNIOR., M. (orgs.). Os intelectuais na História da Infância. São Paulo: Editora Cortez, p. 373-408.
CARVALHO, M. M. C. (2001). A caixa de utensílios e a Biblioteca: pedagogia e práticas de leitura. In: VIDAL, D. G.; HILSDORF, M. L. S. (orgs.) Brasil 500 anos: Tópicas em História da Educação. São Paulo: Edusp, p. 137-168.
CHARTIER, R. (2002). Por uma sociologia histórica das práticas culturais. In: A História Cultural, entre práticas e representações. Lisboa: Difel, p. 13-28.
CORRÊA, D. A. (2009). Os governos de Getúlio Vargas (1930-1950) e a educação física escolar no Estado de São Paulo: lembranças de velhos professores. (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.
COSTA, G. A. (1995). A campanha nacional de alfabetização de adolescentes e adultos de 1947. Revista Pró-Discente, v.1, n.1, p. 05-14.
CUNNINGHAN, Hugh. (1997). Storia dell`infanzia. Bologna: Mulino.
FÁVERO, O. (s.d.). Memória das campanhas e movimentos de educação de jovens e adultos (1947-1966). Disponível em: http://www.forumeja.org.br/df/files/leiamais.apresenta.pdf
FARIA FILHO, L. M. (2007). Escolarização e cultura escolar no Brasil: reflexões em torno de alguns pressupostos e desafios. In: BENCOSTTA, Marcus Levy (org.) Culturas escolares, saberes e práticas educativas. Itinerários históricos. São Paulo: Cortez, p. 193-211.
FERREIRA, M. S. (2006). Centros de Pesquisas do INEP: pesquisa e política educacional entre as décadas de 1950 e 1970. São Paulo: USP, 2006. Tese de Doutorado.
GONTIJO, C. G.; CAMPOS, D. (2014). Bases nacionais para o ensino da leitura e da linguagem na escola primária (1949). Revista Brasileira de Educação, v. 19, n. 57, p.307-328.
HEYWOOD, C. (2004). Uma história da infância. Porto Alegre: Artmed.
KULHMANN JÚNIOR, M.; FERNANDES, R. (2004). Sobre a história da infância. In: FARIA FILHO, Luciano Mendes de (org.) A infância e sua educação: materiais, práticas e representações. Belo Horizonte: Autêntica, p. 15-33.
MARIANI, M. C. (1982). Educação e Ciências Sociais: o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. In: SCHWARTZMAN, S. (org.). Universidades e instituições científicas no Rio de Janeiro. Brasília: CNPq.
MENDONÇA, A. W. M.; XAVIER, L. N. (2005). O INEP no contexto das políticas do MEC (1950-1960). Revista Contemporânea de Educação, Rio de Janeiro, n.1.
PINTO, L. M. S. M. (1996). Sentidos do jogo na educação física escolar. Motrivivëncia, p. 95-108.
PUCHTA, D. R. (2007). A formação do homem forte: educação física e gymnastica no ensino público primário paranaense (1882-1924). (Mestrado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná. Curitiba.
ROCHA, M. B. M. (1990). A educação conformada: a política pública de educação (1930-1945). Campinas. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual de Campinas.
SOARES, C. L. (2000). Notas sobre a educação do corpo. Educar em Revista. Curitiba, n. 16, p. 43-60.
SPENCER, H. (1927). Educação intellectual, moral e physica. Trad. de Emygdio de Oliveira. 3ª. ed. Porto: Ed. Chardron. SOUZA, G. (2004). ‘Instrução, o talher para o banquete da civilização’: cultura escolar dos jardins de infância e grupos escolares no Paraná, 1900-1929. Doutorado: História, Política, Sociedade. PUC/São Paulo.
TEIXEIRA, A. (1978). Pequena introdução à Filosofia da Educação. A escola progressiva ou a transformação da escola. São Paulo, Editora Nacional.
XAVIER, L. N. (1999). O Brasil como laboratório: educação e ciências sociais no projeto do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais CBPE/INEP/MEC (1950-1960). Bragança Paulista: IFAN/CDAPH/EDUSF, 1999.
VIDAL, D. G.; RABELO, R. S. (2020). (orgs.). Movimento internacional da Educação Nova. Belo Horizonte: Fino Traço.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
(a) Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
(b) Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
(c) Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) after the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).




