Universidade como empreendedora de criativos
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v11i1.90440Palavras-chave:
Grupo Unis, Varginha, Ensino Superior, Economia Criativa, Classe CriativaResumo
O que a lógica econômica neoliberal aplicada a fenômenos como a expansão e a privatização do ensino superior no Brasil revela sobre o trabalho criativo? O presente estudo discute o mercado do ensino superior a partir da atuação do grupo educacional que detém o maior número de matrículas nesse nível de ensino na cidade de Varginha MG. A partir do entendimento de criativo como um dispositivo que pode capturar gestos e condutas, o objetivo do trabalho foi verificar como uma instituição de ensino superior privada tem se apropriado do dispositivo criativo para empreender no mercado. Para o estudo de caso do grupo Unis, desenvolve-se interlocução com trabalhos acadêmicos oriundos ou que repercutem a atuação da organização e, soma-se a isso, análise de seu portal de internet para colher material acerca de seus posicionamentos. Os resultados evidenciam que o aluno-cliente no mercado do ensino superior privado tem no criativo um dispositivo que o encanta, prometendo o desenvolvimento de seu potencial, sendo um empreendedor. Mas antes de se tornar empreendedor, o aluno-cliente é empreendido pelas instituições de ensino superior privadas, cada vez mais preocupadas com métricas estritamente financeiras.
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