A COLABORAÇÃO NA APRENDIZAGEM DE ESCRITA DAS LÍNGUAS DE SINAIS (ELiS): O QUE PENSAM ALUNOS OUVINTES SOBRE O TRABALHO EM PARES?

Autores

  • Guilherme Gonçalves Freitas UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
  • Francisco José Quaresma de Figueiredo Universidade Federal de Goiás
  • Artur Moraes da Costa Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66103

Palavras-chave:

aprendizagem colaborativa de línguas, interação, produção de textos, escrita de sinais, Libras, escrita.

Resumo

Esta pesquisa, de caráter qualitativo, tem por objetivo verificar os benefícios da aprendizagem colaborativa durante a produção de textos escritos em Escrita das Línguas de Sinais (ELiS). Adotamos, como eixo orientador deste estudo, teorias sobre interação e sobre a aprendizagem colaborativa de línguas, e a investigação ocorreu na Universidade Federal de Goiás (UFG) com 6 alunos ouvintes do curso de licenciatura em Letras: Libras. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram: entrevistas e gravações de áudio e vídeo das interações das quais os estudantes participaram. Assim, buscamos responder às seguintes perguntas: 1) Quais as percepções dos alunos quando escrevem em ELiS individualmente e quando escrevem com o colega?; 2) De que forma a produção de texto, numa perspectiva colaborativa, pode ajudar os alunos na escrita em ELiS? Os resultados mostram que, durante a produção em pares, os alunos mencionaram mais pontos positivos do que negativos, como por exemplo: oportunidade de troca de conhecimento; possibilidade de aumento da autoestima na aprendizagem de ELiS; oportunidade de correção e reflexão, entre outros. Desse modo, concluímos que a utilização da abordagem colaborativa durante as aulas de ELiS tem o potencial para criar um ambiente positivo para aprendizagem.

Biografia do Autor

Guilherme Gonçalves Freitas, UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Graduado em Licenciatura em Letras: Libras e Especialista em Linguística das Línguas de sinais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Tenho proficiência para exercer a função de Intérprete na Língua Brasileira de Sinais - Libras, sendo aprovado pelo exame de proficiência do CAS/GO (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez / Goiás). Atualmente, mestrando em Estudos linguísticos pela UFG e graduando do curso de Pedagogia Bilíngue pelo Instituto Federal de Goiás. É Colaborador do grupo de pesquisa do Laboratório de Leitura e Escrita em Língua de Sinais - LALELIS e membro do Grupo de Pesquisa Educação bilíngue e ensino/aprendizagem das línguas de sinais, no qual desenvolve estudos sobre ensino-aprendizagem de Libras/ELiS, formação de professores, inclusão pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Tradução e Interpretação em Escrita das Línguas de Sinais (ELiS). Atuei como voluntário nos jogos olímpicos Rio 2016, mediando os colaboradores na realização de suas atividades, bem como atuei como mediador de surdos - surdos e surdos - ouvintes presente no evento.

Francisco José Quaresma de Figueiredo, Universidade Federal de Goiás

Professor Titular de Língua Inglesa da Universidade Federal de Goiás. É graduado em Letras Português Inglês pela Universidade Federal de Goiás (1988), mestre em Linguística pela Universidade Federal de Goiás (1995) e doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e Pós-Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016). Tem experiência na área de Linguística Aplicada, com ênfase em ensino e aprendizagem de línguas, atuando principalmente nos seguintes temas: correção com os pares, aprendizagem colaborativa, inglês, avaliação, erro e correção, crenças sobre ensino-aprendizagem de línguas, telecolaboração. Tem vasta publicação nessas áreas, em forma de artigos em periódicos especializados e em capítulos de livros. É autor de Aprendendo com os erros: uma perspectiva comunicativa de ensino de línguas; e de Semeando a interação: a revisão dialógica de textos escritos em língua estrangeira. Organizou os livros A aprendizagem colaborativa de línguas; e Formação de Professores de Línguas Estrangeiras: Princípios e Práticas. Juntamente com Maria Cristina Pimentel Campos, da UFV, organizou os livros Culture and arts in Brazil and in the United States: a bridge of multifaceted languages e Intercultural and interdisciplinary studies: pursuits in higher education Organizou, juntamente com Darcilia Marindir Pinto Simões, da UERJ, os livros Metodologias em/de linguística aplicada para ensino e aprendizagem de línguas; Linguística aplicada, prática de ensino e aprendizagem de línguas; Contribuições da Linguística Aplicada para o Professor de Línguas; e Contribuições da Linguística Aplicada para a Educação Básica. Em 1992, foi um dos integrantes da delegação brasileira no programa The Ship for World Youth, patrocinado pelo governo japonês, experiência que lhe possibilitou conhecer o Japão, Estados Unidos, México e Venezuela. De 2006 a 2010, foi o coordenador da UFG no programa Iniciativa em Artes e Cultura Brasil-Estados Unidos, patrocinado pela CAPES/FIPSE, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e duas instituições americanas: University of Montevallo e Gadsden State Community College, ambas no estado do Alabama. Coordenou, de 2012 a 2014, o Programa de Licenciatura Internacional (PLI) entre a UFG e a Universidade de Coimbra. Foi o Vice-Coordenador do GT Ensino-Aprendizagem na Perspectiva da Linguística Aplicada, da ANPOLL, nos biênios 2012-2014 e 2014-2016 e atualmente é seu Coordenador. De março de 2011 a agosto de 2018, foi o Diretor da Faculdade de Letras da UFG. Atualmente é o Diretor de Relações Internacionais da UFG.

Artur Moraes da Costa, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Letras - Português e Inglês pela Universidade Federal de Goiás (1997) é pós graduado (especialização) em Libras e Braille pela Faculdade Araguaia - Goiânia GO.e mestrando em Letras-Linguística na Universidade Federal de Goiás - UFG. Foi consultor de inclusão e bilinguismo e professor do Projeto Português para Surdos (2001-2004) da Superintendência de Ensino Especial da Secretaria de Estado da Educação - SEDUCE - GO. Atuou como Intérprete de Libras/Português/Inglês em eventos nacionais e internacionais (Suécia) e concursos públicos e processos seletivos em geral (EJA - 2018; ENEM 2018). Possui larga experiência na área de Educação no Ensino de Libras para Ouvintes e Português para Surdos em instituição religiosa (1990 - 2014). Atuou como Instrutor em Educação Profissional Inclusiva e Metodologia Específica do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR Brasília (2014 - 2017). Desde maio de 2017 é Professor de Português Escrito no Curso Livre de Português como Segunda Língua para Surdos e ainda Professor de Libras em Bidocência no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez - CAS GO. Atua como Professor em nível de Especialização e Orientador de TCC, em nível de especialização, para ouvintes e realiza Acompanhamento de Surdos, em Libras, para escrita acadêmica.

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Publicado

2019-09-16

Como Citar

Freitas, G. G., Figueiredo, F. J. Q. de, & Costa, A. M. da. (2019). A COLABORAÇÃO NA APRENDIZAGEM DE ESCRITA DAS LÍNGUAS DE SINAIS (ELiS): O QUE PENSAM ALUNOS OUVINTES SOBRE O TRABALHO EM PARES?. Revista X, 14(4), 277–299. https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66103