A LÍNGUA QUE ACOLHE PODE SILENCIAR? REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE “PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO”
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v13i1.60341Palabras clave:
Língua de Acolhimento, Ensino de Língua Adicional, Inserção Social.Resumen
Considerando a relação intrínseca entre poder, língua(gem) e identidade, o objetivo deste artigo é focalizar o conceito língua de acolhimento (ANÇÃ, 2008; CABETE, 2010; GROSSO, 2010), discutindo quais políticas e práticas de ensino podem estar a ele vinculadas, levando em conta os posicionamentos teórico-ideológicos subjacentes. A partir da análise do programa Portugal Acolhe – Português para Todos, realizada por Cabete (2010), e de dados de interação em sala de aula do projeto de extensão Português Brasileiro para Migração Humanitária, da Universidade Federal do Paraná, apresento uma discussão sobre como algumas políticas linguísticas para migração e refúgio pautadas em ideologias homogeneizantes podem reforçar práticas assimilacionistas e de silenciamento de agências, apesar de serem justificadas por pressupostos liberais de inclusão e de igualdade.
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