Open Journal Systems

LOGICIDADE, (IM)PERFEIÇÃO, LIBERDADE, ESPONTANEIDADE: TEMAS CAROS AO DEBATE NA INTERLINGUÍSTICA

Ivan Eidt Colling

Resumo


A relação entre o plano da expressão e o plano do conteúdo serve como fundamento para uma discussão sobre logicidade, regularidade e perfeição nas línguas. No séc. 17, a movimentação em torno das línguas filosóficas universais promoveu uma tentativa de congruência, de mapeamento conforme entre esses planos, o que implica uma classificação rigorosa de coisas e de noções. Nessas propostas, de concepção apriorística, buscava-se eliminar ambiguidades e dubiedades a fim de que os conceitos ficassem transparentes, límpidos; seu principal objetivo era ajudar a raciocinar. O esperanto, por sua vez, teve início no séc. 19 sob uma perspectiva inteiramente diferente: é planejada a posteriori, concebida como auxiliar para a comunicação de pessoas que não compartilham a mesma língua materna. Com uma história de 133 anos, é atualmente uma língua viva, utilizada por uma comunidade dispersa no mundo. Pretendo apresentar uma visão geral sobre línguas filosóficas e sobre línguas planejadas que enfocam a lógica e contrastar os ideais de perfeição e logicidade existentes nesses projetos com o que se encontra no esperanto. Além disso, pretendo ilustrar como nesta língua se equilibram regularidade e flexibilidade, liberdade, fluidez, com base em elementos de sua morfologia.

Palavras-chave


Filosofia da Linguagem; Logicidade nas Línguas; Línguas Filosóficas; Esperanto

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v15i6.76899