EXCLUSÃO DAS PESSOAS CEGAS: DA ELIMINAÇÃO NAS SOCIEDADES ANTIGAS À HOSTILIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES ATUAIS, O QUE MUDOU?

Autores

  • Simone de Fatima Colman Martins Universidade Federal do Paraná
  • Francisco Javier Calvo del Olmo Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66069

Palavras-chave:

inclusão, cegueira e baixa visão, avaliações acadêmicas

Resumo

O presente trabalho é resultado parcial de uma pesquisa de doutorado em andamento. A pesquisa visa investigar as crenças de avaliar as produções textuais manifestadas por estudantes cegos ou com baixa visão da APADEVI/PG(Associação de Pais e Amigos do Deficiente Visual em Ponta Grossa). Dos nove estudantes-participantes, cinco cursam uma graduação e quatro participaram dos vestibulares locais no ano de 2018, seis deles são cegos e três têm baixa visão. Metodologicamente, a pesquisa é qualitativa e os dados advêm de dois instrumentos: entrevistas de grupo focal e entrevistas individuais semiestruturadas. Neste artigo, apresentamos uma análise do processo histórico da pessoa cega destacando as experiências vivenciadas pelos estudantes, nos ambientes universitários. Como resultados observamos que o processo avaliativo acadêmico envolvendo alunos cegos/baixa visão é extremamente complexo, ele abrange necessariamente questões de respeito, aceitação e sensibilidade dos envolvidos, pressupõe também a administração de inúmeros confrontos. Os estudantes revelaram suas realizações quando cumprem as atividades exigidas e suas angústias quando são desmotivados com críticas negativas, apontados como incapazes, diferentes/inferiores ou tratados com indiferença.


 

Biografia do Autor

Simone de Fatima Colman Martins, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda e Bolsista(CAPES) em Estudos Linguísticos na Universidade Federal do Paraná. Mestre em Linguagem, Identidade e Subjetividade(2016) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Licenciada em Letras-Português(2001) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Professora do Ensino Fundamental e Médio nas disciplinas de Língua Portuguesa e Produção Textual.

Francisco Javier Calvo del Olmo, Universidade Federal do Paraná

Doutor em Estudos da Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina, atua como Professor Adjunto no Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), orienta pesquisas de mestrado e doutorado junto ao Programa de Pós-graduação em Letras da UFPR, na área dos Estudos Linguísticos, onde também coordena o mestrado bilateral com a Universidade Grenoble-Alpes (França). Possui licenciatura em "Filologia Românica" pela Universidade Complutense de Madri na Espanha (diploma revalidado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro como Bacharel em Letras com Habilitação em Espanhol) e mestrado em "Investigación en Lengua Española" pela mesma Universidade (revalidado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro como mestre em Letras Nolatinas). Realizou estadias na Universidade de Bucareste, Romênica (2016), na Scuola Normale e Superiore di Pisa, Itália (2010) e na Université Paul-Valéry Montpellier III, França (2008). É autor de artigos em periódicos e capítulos de livros publicados no Brasil, na Argentina, na Espanha, na Colômbia, no México e na Polônia abordando sempre as relações linguísticas, literárias e culturais entre as línguas neolatinas. En 2016 publicou o seu primeiro romance: Crónica Córnica, finalista do Premio de Novela Xerais.

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Publicado

2019-09-16

Como Citar

Colman Martins, S. de F., & del Olmo, F. J. C. (2019). EXCLUSÃO DAS PESSOAS CEGAS: DA ELIMINAÇÃO NAS SOCIEDADES ANTIGAS À HOSTILIZAÇÃO NAS UNIVERSIDADES ATUAIS, O QUE MUDOU?. Revista X, 14(4), 300–321. https://doi.org/10.5380/rvx.v14i4.66069