A LÍNGUA QUE ACOLHE PODE SILENCIAR? REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE “PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO”

Autores

  • Renata Franck Mendonça de Anunciação Instituto de Estudos da Linguagem-Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v13i1.60341

Palavras-chave:

Língua de Acolhimento, Ensino de Língua Adicional, Inserção Social.

Resumo

Considerando a relação intrínseca entre poder, língua(gem) e identidade, o objetivo deste artigo é focalizar o conceito língua de acolhimento (ANÇÃ, 2008; CABETE, 2010; GROSSO, 2010), discutindo quais políticas e práticas de ensino podem estar a ele vinculadas, levando em conta os posicionamentos teórico-ideológicos subjacentes. A partir da análise do programa Portugal Acolhe – Português para Todos, realizada por Cabete (2010), e de dados de interação em sala de aula do projeto de extensão Português Brasileiro para Migração Humanitária, da Universidade Federal do Paraná, apresento uma discussão sobre como algumas políticas linguísticas para migração e refúgio pautadas em ideologias homogeneizantes podem reforçar práticas assimilacionistas e de silenciamento de agências, apesar de serem justificadas por pressupostos liberais de inclusão e de igualdade.

Biografia do Autor

Renata Franck Mendonça de Anunciação, Instituto de Estudos da Linguagem-Unicamp

Doutoranda em Linguística Aplicada na Universidade Estadual de Campinas, Mestra em Linguística Aplicada com ênfase em Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual de Campinas, licenciada em Letras Português e Alemão pela Universidade Federal do Paraná, recebeu o "Deutschlehrer-Diplom" do Goethe Institut de Munique, Alemanha. Trabalhou no Centro de Línguas e Interculturalidade UFPR, como professora de alemão e de português como língua adicional para estudantes do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) e como professora voluntária no programa de extensão universitária Português Brasileiro para Migração Humanitária na Universidade Federal do Paraná. É aplicadora do exame de proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (CELPE-BRAS) e tem experiência com ensino de português como língua adicional no Brasil, em Timor-Leste e em Cuba. Trabalhou com formação de professores de português como língua adicional em Timor-Leste e no Brasil. No momento, está interessada em temas relacionados a políticas linguísticas para ensino de português como língua adicional em contexto de migração e refúgio, a questões de identidade e a multi e novos letramentos.

http://lattes.cnpq.br/5880590118744796

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Publicado

2018-10-22

Como Citar

Franck Mendonça de Anunciação, R. (2018). A LÍNGUA QUE ACOLHE PODE SILENCIAR? REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE “PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO”. Revista X, 13(1), 35–56. https://doi.org/10.5380/rvx.v13i1.60341