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BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS E O DILEMA RISCO-RETORNO

Allan Pinheiro Holanda, Vera Maria Rodrigues Ponte

Resumo


 Ao aderir às boas práticas de governança corporativa, as empresas conseguem usufruir de um conjunto de benefícios, dentre os quais se destaca a diminuição do risco. Desse modo, com base no dilema risco-retorno, os investidores exigiriam menores retornos das empresas com menores riscos. A pesquisa que deu origem ao presente artigo teve como objetivo investigar a relação existente entre a adesão às boas práticas de governança corporativa, o risco e o retorno. Parte-se da hipótese de que as empresas com maior adesão às boas práticas de governança corporativa apresentam menor risco e menor retorno. Trata-se de pesquisa exploratória e descritiva, que adotou procedimentos bibliográficos e documentais e de natureza quantitativa, reunindo uma amostra de 266 empresas brasileiras listadas na BM&FBovespa no ano 2009. As variáveis risco e retorno foram mensuradas, respectivamente, pelo desvio-padrão do Lucro Antes dos Juros e Impostos (EBIT) sobre o Ativo Total e pelo retorno sobre o Patrimônio Líquido inicial, ambos obtidos na base de dados do software Economática®. Já quanto à variável governança corporativa, a adesão às boas práticas foi estabelecida pela listagem nos segmentos da BM&FBovespa. Para a avaliação estatística da correlação entre as variáveis foi utilizada a Análise de Correspondência múltipla. Os resultados da pesquisa evidenciaram que uma maior adesão às boas práticas de governança corporativa está associada a um risco médio-baixo e a um retorno médio-baixo, havendo, assim, subsídios para rejeição da hipótese da pesquisa.


Palavras-chave


Governança Corporativa. Risco. Retorno.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rcc.v3i3.21730