AS RELAÇÕES HOMEM-NATUREZA AS RELAÇÕES HOMEM-NATUREZA NO QUADRO DOS LITORAIS QUADRO DOS LITORAIS ATLÂNTICOS
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v4i0.3336Keywords:
relações Homem-natureza, litorais, atlântico, rapports Homme-nature, littoraux, atlantique.Abstract
Por razões ao mesmo tempo históricas, socioeconômicas e epistemológicas, o espaço atlântico representa um campo privilegiado para a análise das relações Homem-natureza no litoral. São apresentadas, sucessivamente, as duas grandes representações antinômicas da relação com a natureza litorânea que marcaram a evolução dos litorais atlânticos a natureza litorânea-objeto, ampliamente inspirada pelo modelo científico-político europeu de conquista das terras baixas submetidas à alternância das marés e a natureza litorânea-sujeito, muito influenciada pelo movimento cultural de inspiração ecológica dos anos 60. Diante do impasse tanto conceitual como gestionário ao qual levam essas duas visões do litoral, a nova análise das transformações recíprocas do homen pela natureza litorânea e do litoral pelo homem sugere que se considere o litoral não mais como um objeto nem como um sujeito, e sim como um projeto, portador de um significado e de uma direção. O autor insiste portanto nas condições conceituais, políticas e jurídicas da evolução dessas relações ao entrar no III milênio e no desenvolvimento que convém desejar sustentável.
Les relations homme-nature dans le des littoraux atlantiques
Résumé
Pour des raisons à la fois historiques, socio-économiques et épistémologiques, lespace atlantique constitue un terrain privilégié pour lanalyse des relations Homme-nature sur le littoral. Sont présentées successivement, les deux grandes figures antinomiques du rapport à la nature littorale qui ont marqué lévolution des littoraux atlantiques: la nature littorale-objet, largement inspirée du modèle scientifico-politique européen de conquête des terres intertidales, et la nature littorale-sujet, fortement marquée par le mouvement culturel dinspiration écologiste des années 1960. Face à limpasse autant conceptuelle que gestionnaire à laquelle conduisent ces deux visions du littoral, lanalyse renouvellée des transformations réciproques de lhumain par la nature littorale et du littoral par lhumain suggère que lon fasse du littoral non plus un objet ou un sujet mais un projet, chargé dune signification et dune direction. Lauteur porte alors laccent, sur les conditions conceptuelles, politiques et juridiques de lévolution de ces rapports à laube du III millénaire et dun développement quil est convenu de souhaiter comme durable.
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