ÁGUAS NAS AMAZÔNIAS: SUJEITOS DE DIREITOS E TERRITÓ-RIOS EDUCATIVOS – REFERÊNCIAS PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.5380/jpe.v19i1.99613Palavras-chave:
Amazônias; Território; sustentabilidade; Direito à Educação; Direitos da Natureza.Resumo
A nível global conhecemos a Amazônia pelas lentes do neoliberalismo, em que o capital nos mostra apenas uma dimensão voltada à fauna e à flora existentes nesse território. Este estudo objetiva refletir sobre as Amazônias das águas, bem como aprofundar discussões voltadas aos territórios de vida, em que a água é um elemento balizador, pois na Amazônia constituem-se em um ecossistema pedagógico de formação e de conexão de modos de vidas e saberes das comunidades e povos amazônidas. Nossa análise confronta, tensiona e busca desprender-se das epistemologias eurocêntricas que situam as águas como recurso natural e impede que as diferentes vozes das águas sejam ouvidas e tenham seu direito à vida e à educação reconhecidos. Importa-nos compreender as águas, assim como os seres humanos e não-humanos que com elas vivem, como sujeitos de direitos e constitutivos de territórios formativos nas múltiplas Amazônias. A maneira de tramar os sentidos, as apropriações e os usos das águas nas Amazônias, envolve diferentes ontologias políticas e práxis educativas, que podem referenciar a formulação de políticas educacionais que dialoguem com os territórios pluriversos das águas como espaços de formação que conectam a vida com o fazer educativo, contextualizado e territorializado.
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