Open Journal Systems

n. 06 - PANORAMA DOS GRUPOS DE PESQUISA DE POLÍTICA EDUCACIONAL NO BRASIL

Jefferson Mainardes

Resumo


Este artigo apresenta um panorama dos grupos de pesquisa de Política Educacional no Brasil, cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (DGPB/CNPq). A partir da teoria de Bourdieu, argumenta-se que a participação em um grupo de pesquisa é essencial na aquisição do habitus científico. O texto explora as principais características dos 275 grupos de pesquisa de Política Educacional e expõe algumas implicações práticas, tais como a necessidade de criação de novas categorias de participantes no DGPB, um item específico para a descrição do grupo e a necessidade da ampliação das estratégias de cooperação entre os grupos de pesquisa.


Palavras-chave


Grupos de pesquisa; Política Educacional; Habitus científicoF

Texto completo:

PDF

Referências


ADAMS, Jonathan. Collaborations: The rise of research networks. Nature, n. 490, p. 335–336, 2012.

ADRIÃO, Theresa. Notas sobre o Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional – GREPPE. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 51-56, jul./dez. 2012.

BLASI, Brigida; ROMAGNOSI, Sandra. Social dynamics in scientific practices: focus on research groups. Sociologia, n. 2, p. 66-77, 2012.

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. 2. ed. Tradução Mariza Corrêa. Campinas: Papirus, 1996.

BOURDIEU, Pierre. El ofício de científico: ciência de La ciencia y reflexividade. Barcelona: Anagrama, 2003.

BOURDIEU, Pierre; WACQUANT, Loïc. Una invitación a la sociología reflexiva. Buenos Aires: Siglo Vintiuno, 2012.

DEGN, Lise et al. Research groups as communities of practice: a case study of four high-performing research groups. High Education, n. 76, p. 231-246, 2018.

FELDMAN, Allan; DIVOLL, Kent A.; ROGAN-KLYVE, Allyson. Becoming researchers: the participation of undergraduate and graduate students in scientific research groups. Science Education, v. 97, n. 2, p. 218–243, 2013.

FERNÁNDEZ FASTUCA, Lorena. La formación de investigadores en la relación director – tesista. 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/261879066_La_formacion_de_investigadores_en_la_relacion_director-tesista. Acesso em: 23 ago. 2018.

GATTI, Bernadete. A. Formação de grupos e redes de intercâmbio em pesquisa educacional: dialogia e qualidade. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 30, p. 124-132, set./dez. 2005.

GEMAQUE, Rosana; GUTIERREZ, Dalva V.; MENDES, Danielle Cristina de B. Grupo de Estudos e Pesquisas em Gestão e Financiamento da Educação (GEFIN): algumas reflexões sobre sua constituição, processos e desafios. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 37-50, jul./dez. 2012.

GREEN, David E. Group research. Science, v. 119, p. 444-445, 2 abr. 1954.

HORTA, Hugo; LACY, T. Austin. How does size matter for science? Exploring the effects of research unit size on academics’ scientific productivity and information exchange behaviors. Science and Public Policy, v. 38, n. 6, p. 449-460, jul. 2011.

KYVIK, Svein; LARSEN, I. Marhein. International contact and research performance. Scientometrics, v. 29, p. 161–172, 1994.

KYVIK, Svein; REYMERT, Ingvild. Research collaboration in groups and networks: differences across academic fields. Scientometrics, v. 113, p. 951-967, 2017.

LUCE, Maria Beatriz et al. Núcleo de Estudos de Política e Gestão da Educação da UFRGS: linhas convergentes e paralelas. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 18-30, jul./dez. 2012.

MARTIN-SEMPERE, María José; REY-ROCHA, Jésus; GARZÓN-GARCIA, Belén. The effect of team consolidation on research collaboration and performance of scientists. Case study of Spanish University researchers in Geology. Scientometrics, v. 55, p. 377–394, 2002.

MATOS, Cleide Carvalho de; REIS, Manuelle Espindola dos. Grupos de pesquisa de política educacional na região Norte: espaços mobilizadores de formação de pesquisadores. Educação e Cultura Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 16, n. 46, p. 111-130, 2019.

MATOS, Cleide Carvalho de; REIS, Manuelle Espindola dos; COSTA, Waldelicy Lacerda da. Grupos de pesquisa sobre política educacional e as redes de pesquisas construídas por meio da produção científica em coautoria. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, Ponta Grossa, v. 5, e2014553, p. 1-13, 2020.

MOROSINI, Marilia Costa. Grupos de Pesquisa no Brasil: a perspectiva do campo científico. In: BROILO, Cecília Luiza; CUNHA, Maria Isabel. (org.). Pedagogia universitária e produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 83-104.

OLIVEIRA, João Ferreira de; ASSIS, Lúcia Maria de. Núcleo de Estudos, Pesquisa e Documentação Educação, Sociedade e Cultura (Nedesc) da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás: trajetória e desafios da pesquisa e da formação. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 31-36, jul./dez. 2012.

ORTIZ, Renato. (org.). Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

PEREIRA, Gilson R. de M.; ANDRADE, Maria da Conceição Lima de. Aprendizagem científica: experiência com Grupo de Pesquisa. In: BIANCHETTI, Lucídio; MEKSENAS, Paulo. (org.). A trama do conhecimento: teoria, método e escrita em ciência e pesquisa. São Paulo: Papirus, 2008. p. 153-68.

PUCCI, Bruno. O Grupo de Pesquisa como espaço-tempo de parcerias, de produção científica e de formação humana: UFSCar – 1987-1990. Comunicações, Piracicaba, v. 18, n. 1, p. 41-51, jan./jun. 2011.

RAGOUET, Pascal. Campo científico. In: CATANI, Afrânio Mendes Catani et al. (org.). Vocabulário de Bourdieu. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. p. 68-70.

REY-ROCHA, Jésus; MARTÍN-SEMPERE, María José; GARZÓN-GARCIA, Belén. Research productivity of scientists in consolidated vs. non-consolidated teams: The case of Spanish university geologist. Scientometrics, v. 55, p. 137–156, 2002.

SÁNCHEZ GAMBOA, Silvio. Grupos de pesquisa: limites e possibilidades na construção de novas condições para a produção do conhecimento. Motrivivência, Florianópolis, v. 23, n. 36, p. 268-290, jun. 2011.

SOARES, Solange Toldo. Política Educacional na Pós-Graduação em Educação: uma análise a partir das Linhas de Pesquisa. 2019. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2019.

STREMEL, Silvana. A constituição do campo acadêmico da Política Educacional no Brasil. 2016. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2016.

STREMEL, Silvana; MAINARDES, Jefferson. A constituição do campo acadêmico da política educacional no Brasil: aspectos históricos. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 26, n. 168, p. 1-24, 2018.

TAVARES, Taís Moura. NuPE/UFPR – Núcleo de Políticas Educacionais: criação, características e desafios. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 6, n. 12, p. 12-17, jul./dez. 2012.

WAGENKNECHT, Susann. A social epistemology of research groups: collaboration in scientific practice. Germany: Palgrave Macmillan: 2016.

WEINBERG, Alvin M. Impact of large-scale science on the United States. Science, v. 134, n. 3473, p. 161-164, 21 jul. 1961.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/jpe.v15i0.79217