Gênero, Memória e Ditadura: a Militância Política de Lídia Lucaski no Paraná

Autores

  • Carla Conradi

DOI:

https://doi.org/10.5380/his.v68i1.70916

Palavras-chave:

mulheres, militância política, memória

Resumo

Este artigo aborda a relação entre gênero e ditadura ao escrever sobre a história da ditadura civil-militar no Paraná, através da memória autobiográfica de uma militante paranaense. O retorno que Lídia Lucaski faz ao seu passado foi entrelaçado por análises de seu engajamento na militância, pelo ressentimento dos abusos vividos pela violência política e policial da repressão e de como instrumentalizou o gênero para conseguir desenvolver suas tarefas políticas. Muito mais do que narrar sua trajetória, Lídia problematiza a relação que tem no presente, com sua memória, dimensionando sua capacidade de arquivar o passado ou de fazer apropriações das experiências vividas. Parte-se do pressuposto que a narrativa exprime uma necessidade de repensar a própria trajetória, cujo sujeito avalia ações e se questiona se valeu a pena ter vivido tudo o que viveu. Esse trabalho de memorização das experiências traduz o desejo de renovação interna e de afirmação de existir diferente no presente.

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Publicado

2019-12-22

Como Citar

Conradi, C. (2019). Gênero, Memória e Ditadura: a Militância Política de Lídia Lucaski no Paraná. História: Questões & Debates, 68(1), 261–296. https://doi.org/10.5380/his.v68i1.70916

Edição

Seção

Dossiê: Direitos Humanos e Políticas de Memória