Gênero, Memória e Ditadura: a Militância Política de Lídia Lucaski no Paraná
DOI :
https://doi.org/10.5380/his.v68i1.70916Mots-clés :
mulheres, militância política, memóriaRésumé
Este artigo aborda a relação entre gênero e ditadura ao escrever sobre a história da ditadura civil-militar no Paraná, através da memória autobiográfica de uma militante paranaense. O retorno que Lídia Lucaski faz ao seu passado foi entrelaçado por análises de seu engajamento na militância, pelo ressentimento dos abusos vividos pela violência política e policial da repressão e de como instrumentalizou o gênero para conseguir desenvolver suas tarefas políticas. Muito mais do que narrar sua trajetória, Lídia problematiza a relação que tem no presente, com sua memória, dimensionando sua capacidade de arquivar o passado ou de fazer apropriações das experiências vividas. Parte-se do pressuposto que a narrativa exprime uma necessidade de repensar a própria trajetória, cujo sujeito avalia ações e se questiona se valeu a pena ter vivido tudo o que viveu. Esse trabalho de memorização das experiências traduz o desejo de renovação interna e de afirmação de existir diferente no presente.
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