A EXPANSÃO DA CULTURA DE SOJA NO PAMPA GAÚCHO: O CASO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v17i1.84123Palavras-chave:
mapas de uso e cobertura do solo, MapBiomas, Glycine max, transição da paisagem, métricas da paisagemResumo
O bioma Pampa vem sofrendo um acelerado processo de substituição da vegetação nativa. Diante disso, o objetivo deste estudo é apresentar a evolução do uso do solo desde 1990 na bacia hidrográfica do Rio Santa Maria (BHRSM), localizada no centro-oeste do RS, avaliar quais as características ambientais que propiciam ou limitam as lavouras de soja e aplicar métricas de paisagem. Foram utilizados dados de uso do solo do projeto MapBiomas, hipsometria, declividade, curvatura da vertente, geologia e solos. O cruzamento dos dados e o cálculo das métricas da paisagem ocorreu no QGIS 3.4 e ARC GIS. A cultura da soja foi o uso do solo que mais apresentou crescimento na área, entre 1990-2020, sendo de 2121 km², enquanto houve a diminuição da formação campestre em cerca de 2595 km². Uma área de 1492 km² de formação campestre foi transformada em lavoura de soja. A paisagem mais comum ocupada pela soja em 2020, são as áreas de Argissolos, na elevação média de 150 m, em relevos planos e muitas vezes próximos aos canais de drenagem principais da BHRSM com vertentes côncavas divergentes. A declividade na Serra do Caverá e os solos rasos do Escudo Cristalino são fatores limitantes para a expansão da cultura. A formação campestre da BHRSM está mais fragmentada devido ao aumento do número de polígonos de soja. Por fim, destaca-se a importância de monitoramento da BHRSM, diante do aumento do preço da saca de soja, o que fomentará o crescimento das lavouras desta cultura.
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