HEMEROBIA: EVOLUÇÃO DO CONCEITO E SUA APLICABILIDADE NA AVALIAÇÃO DAS PAISAGENS DO BAIRRO CACHOEIRA, CURITIBA, PARANÁ, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v17i1.81682Palavras-chave:
Planejamento da Paisagem, Urbano, Funções da natureza, Serviços ecossistêmicos, Indicadores ambientaisResumo
O presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica sobre a evolução do conceito de hemerobia e um estudo de caso no bairro Cachoeira, no município de Curitiba (Paraná/Brasil). O conceito de hemerobia foi desenvolvido pelo botânico finlandês Jaako Jalas, em 1955 e passou por transformações em relação a sua compreensão original. As concepções derivadas do conceito de hemerobia podem ser classificadas em duas grandes áreas. A primeira delas compreende a hemerobia como a intensidade das transformações antrópicas na paisagem e, a segunda, versa sobre a quantidade de energia e tecnologia necessárias para a manutenção da paisagem. O conceito de hemerobia apresenta um aspecto integrador, sendo capaz de avaliar a paisagem como um todo, podendo ser aplicado em diversas escalas espaciais e nas diversas paisagens, inclusive nas urbanizadas. A aplicação do conceito de hemerobia no bairro Cachoeira (Curitiba/PR) foi realizado com base na interpretação visual de imagens de satélite Google Earth Pro do ano de 2018, na escala 1:7.000, e o processamento do material cartográfico foi realizado com o software ArcGIS® 10.3. Foram adotadas três classes de hemerobia: baixa (predomínio de vegetação arbórea), média (vegetação herbácea/arbustiva, solo exposto, cultivos agrícolas, pastagens e/ou indícios de edificações) e alta (predomínio de áreas edificadas/impermeabilizadas). Os resultados indicaram que as edificações (hemerobia alta) ocupam 37,22% da área total do bairro, 18,09% estão ocupados por vegetação herbácea/arbustiva e solo exposto (hemerobia média), e 44,69% estão ocupados por vegetação arbórea (hemerobia baixa). Esses valores apontam para um bom estado de conservação da natureza encontrada no bairro, porém foi identificado um alto grau de hemerobia em algumas áreas protegidas por lei, como margens de rios e nascentes, além de fragmentos de vegetação arbórea que carecem de proteção legal.
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