A HOMOGENEIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO POR MEIO DOS PROJETOS “RE...”: A BUSCA POR UM ÚNICO “ROSTO DA CIDADE” NA ÁREA CENTRAL DE CURITIBA.
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v17i1.74771Palavras-chave:
projetos “re...”, violência urbana, gentrificação, planejamento urbano.Resumo
A busca pela compreensão das dinâmicas inerentes ao espaço urbano nas cidades capitalistas depende da reflexão sobre a atuação dos diversos agentes de reprodução do espaço, seja hegemônico ou não hegemônico. O poder público, que possui papel de intermediador dos interesses e tensões de tais agentes, pode se mostrar grande aliado do mercado quando busca sanar problemáticas engendradas pelo capital, ao invés atuar para suprir as mazelas estruturais das cidades e da sociedade. No denominado Planejamento Estratégico, muito utilizado pelos governos da era pós-moderna, os discursos de violência e da desvalorização de áreas históricas abandonadas, transformam-se em argumentos cabíveis para o convencimento da população em relação à investimentos pontuais e paisagísticos, especialmente nas áreas centrais e degradadas dos centros históricos. Assim, os projetos “re...” entram em cena: “revitalizar”, “revalorizar”, “requalificar”, entre tantos outros termos utilizados com tal prefixo, servem para conceber uma reprodução do espaço pensada somente pela lógica do capital, apagando tudo que seria diverso a ele. Sob a égide do paisagismo urbano e de uma representação histórica, governos municipais buscam homogeneizar identidades, culturas e grupos sociais que usam, ocupam, vivem e se apropriam dos fragmentos urbanos. A exemplo desse processo, analisa-se o caso da aplicação da lei conhecida como Rosto da Cidade, implementada no ano de 2019 em Curitiba (PR). Finalmente, debruça-se sobre os discursos e contradições da legislação, além de sua efetivação, buscando vislumbrar os resultados que essa paisagem imaginada e criada pelo poder público desencadeia para a estrutura urbana e seus habitantes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam na Revista concordam com os seguintes termos:
– os autores mantêm os direitos autorais e transferem à Revista Geografar o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Brasil — CC BY 4.0 BR, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na Revista Geografar (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– qualquer pessoa é livre para compartilhar (copiar e redistribuir o trabalho em qualquer suporte ou formato) e para adaptar (remixar, transformar e criar a partir do trabalho) para qualquer fim, mesmo que comercial, devendo todavia, em qualquer caso, dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas no trabalho original, nos termos da Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Brasil — CC BY 4.0 BR e respeitados a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e outros normativos vigentes;
- as opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.