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A ATRAÇÃO DE INDÚSTRIAS MULTINACIONAIS PARA O PÓLO AUTOMOBILÍSTICO NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA/PR: INSTALAÇÃO DA RENAULT

Claudinei Taborda da Silveira, Helena dos Santos Lisboa

Resumo


As montadoras automobilísticas têm um papel significativo na configuração da estrutura produtiva mundial e na dinâmica de desenvolvimento de um país ou região. Elas atuam como coordenadoras do arranjo espacial na formação de pólos industriais automotivos, atraindo grande número de empresas fornecedoras de peças e serviços. Assim, visando entender as causas que levam empresas multinacionais a instalarem suas linhas de produção em países periféricos como o Brasil, e ressaltar os embates de interesses envolvidos, o presente trabalho analisa a instalação da montadora francesa Renault no município de São José dos Pinhais, estado do Paraná, avaliando as “linhas” e “entrelinha” que constam nos acordo firmados. Para tanto, buscou-se elementos para uma reflexão sobre as causas que levaram a instalação da Renault, tanto por fatores de ordem mundial, tais como a saturação da demanda mundial; proximidade com novos e ascendentes grandes mercados de consumo; como também ligados as políticas públicas, exemplificada pela isenção de impostos, menor rigor na legislação ambiental, concessões de benefícios fiscais e tributários. Verificou-se que as políticas públicas são causas preponderantes para a escolha de instalação dessas indústrias, sendo evidenciados por meio da verificação do protocolo firmado entre o governo do estado do Paraná, prefeitura do município de São José dos Pinhais e a montadora Renault. Analisando esse processo se coloca em debate o custo beneficio desse acordo, uma vez que esse modelo gera uma dependência da tecnologia do capital externo e das empresas multinacionais, que ficam cada vez mais fortalecidas, não garantindo a continuidade de investimentos na região, além de não permitir a estruturação das empresas nacionais.

Palavras-chave


instalação; montadora automobilística; Renault; Pólo Automobilístico

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v1i1.6841