TERRITÓRIO, DESIGUALDADE E EXPANSÃO DO CAPITAL: A CENTRALIDADE DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO EM MACAÉ/RJ
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v11i1.48976Palavras-chave:
Norte Fluminense, Injustiça ambiental, Espaço urbano, PeriferiasResumo
O presente trabalho, resultante de pesquisa de mestrado, analisou a organização do território no município de Macaé/Rio de Janeiro (RJ) mediante a centralidade da cadeia petrolífera da Bacia de Campos para a economia e a organização social regional, e os conflitos sociais resultantes deste processo, analisando particularmente a conjuntura de injustiça ambiental presente no bairro periférico do Lagomar. A exaltação do nacionalismo energético sustentada pelo pilar do petróleo, abre margem para o discurso ideológico de distribuição igualitária de riquezas e prosperidade material evidenciado no Norte Fluminense, visto que o crescimento econômico da região não tem se refletido em desenvolvimento social igualitário ou em garantia de trabalho. A dependência material em torno de recursos finitos, flexibiliza a garantia de direitos sociais, políticas públicas e leis ambientais, com a finalidade de garantir a intensificação da exploração do trabalho e de recursos naturais. As periferias do município de Macaé, que surgem por consequência do fluxo imigratório, fruto da chegada da indústria do petróleo na região, condensam as consequências sociais de um processo de avanço industrial em que o ordenamento territorial reproduz e espacializa as desigualdades.
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