USO E COBERTURA DO SOLO DA FLORESTA NACIONAL DO IBURA E SEU ENTORNO, EM NOSSA SENHORA DO SOCORRO E LARANJEIRAS-SE

Autores

  • Maria do Socorro Ferreira da Silva Universidade Federal de Sergipe
  • Edimilson Gomes da Silva Universidade Federal de Sergipe
  • Rosemeri Melo e Souza Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v8i2.28965

Palavras-chave:

Unidades de Conservação, potencial fitogeográfico, uso do solo

Resumo

Esse artigo visa analisar os efeitos dos usos atribuídos e a importância da cobertura florestal da Floresta Nacional do Ibura e entorno, em Nossa Senhora do Socorro e Laranjeiras-SE. A pesquisa ocorreu através de levantamento bibliográfico e documental; entrevista semiestruturada com Analista Ambiental da FLONA; pesquisa de campo; e, fotointerpretação usando ortofotocartas/2003 no software ArcGis. A FLONA é uma Unidade de Conservação (UC) de Sustentável criada em 2005 para conservar remanescente florestal de Mata Atlântica. Essa área tem singular relevância para conservação ambiental de Sergipe, pois faz parte de zona de aquífero, o Sapucari, usado para abastecimento de água do povoado Estivas e parcela da grande Aracaju. Embora seja fundamental conservar o potencial fitogeográfico, representado pelos fragmentos de floresta ombrófila densa (12,44%), vegetação de mangue (10,44%) e secundária (5,12%) na FLONA e entorno, é responsável pela manutenção dos demais atributos biofísicos, a exemplo dos recursos hídricos (3,26%), observou-se alto grau de retalhamento da paisagem como consequência dos usos configurados nesse território, a saber: pastagem (44,01%), cultivos (13,81%), adensamentos urbanos (3,38%), atividades industriais e extração de minérios (3,0%) no entorno da UC. Essas pressões implicam na redução e/ou extinção dos fragmentos, cujas áreas futuramente tendem ser usadas para outras atividades. Assim, os remanescentes florestais da FLONA e do entorno precisam ser incluídos em estratégias que priorizem a conectividade florestal, como a inserção dos fragmentos prioritários para conservação em futuros corredores ecológicos de Mata Atlântica em Sergipe. Ademais, além da criação e implementação dos mecanismos de gestão ambiental, é preciso incentivar a criação de outras UCs, como RPPNs, a reativação do canteiro de mudas nativas, a pesquisa científica, a realização de campanhas educativas bem como o pagamento de parcela dos lucros pelas empresas que usam e impactam o espaço interno e externo da FLONA, cujos valores podem ser convertidos para a manutenção do potencial fitogeográfico.

 

 

 

Biografia do Autor

Maria do Socorro Ferreira da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Doutora em Geografia e Profª Adjunta do Departamento de Geografia (DGE/UFS) e Pesquisadora do GEOPLAN/UFS/CNPq. 

Edimilson Gomes da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Mestre em Geografia. Doutorando do NPGEO/UFS, e Pesquisador do GEOPLAN/UFS/CNPq. 

Rosemeri Melo e Souza, Universidade Federal de Sergipe

Pós-doutora em Biogeografia e Profª Associada da UFS dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia/NPGEO/UFS e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA). Coordenadora do GEOPLAN/UFS/CNPq, e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Publicado

12/20/2013

Como Citar

Silva, M. do S. F. da, Silva, E. G. da, & Souza, R. M. e. (2013). USO E COBERTURA DO SOLO DA FLORESTA NACIONAL DO IBURA E SEU ENTORNO, EM NOSSA SENHORA DO SOCORRO E LARANJEIRAS-SE. Revista Geografar, 8(2), 83–103. https://doi.org/10.5380/geografar.v8i2.28965

Edição

Seção

Artigos