MARCOS SONOROS COMO SIGNOS IDEOLÓGICOS

Autores

  • Lawrence Mayer Malanski Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/geografar.v7i2.26631

Palavras-chave:

Paisagem sonora, marcos sonoros, signos, contexto.

Resumo

O renascimento do interesse geográfico pela paisagem com aporte fenomenológico a partir da década de 1960 possibilitou novas abordagens sobre a paisagem, incluindo as experiências sonoras que os lugares proporcionam aos seres humanos. Assim, tal experiência é objetivada, em Geografia, pela corrente humanista-cultural. Pensar o espaço geográfico a partir de seus sons pode parecer estranho, principalmente, se aproximarmos, para tanto, os conceitos de marcos sonoros de Murray Schafer e de signos ideológicos de Mikhail Bakhtin; ambos pesquisadores de ciências díspares à Geografia. Contudo, esse artigo tem por finalidade apresentar uma possível reflexão epistemológica geográfica a respeito dessa relação, uma vez que, ambos os autores concordam que esses dois conceitos são criados a partir da interação social, adquirindo e expressando, então, significados ideológicos. Assim, marcos sonoros podem ser considerados uma forma de signos, já que representam e permitem pensar o espaço geográfico de uma comunidade, transformando-o em uma categoria social. Como exemplos de marcos sonoros, citamos as “vuvuzelas” da África do Sul e a “Mulher da Cobra” de Curitiba. Desse modo, pretendemos despertar o interesse pelo estudo dos sons dos lugares e seus significados sociais, mostrando que eles podem contribuir para uma análise diferenciada, mas, ao mesmo tempo, integrada ao complexo espaço geográfico.

Biografia do Autor

Lawrence Mayer Malanski, Universidade Federal do Paraná

Mestrando em geografia pela UFPR. Linha de pesquisa: Território, cultura e representação.

Publicado

2012-12-23

Como Citar

Malanski, L. M. (2012). MARCOS SONOROS COMO SIGNOS IDEOLÓGICOS. REVISTA GEOGRAFAR, 7(2). https://doi.org/10.5380/geografar.v7i2.26631

Edição

Seção

Artigos