Gênero e saúde: vivências de educação em saúde para a população transgênero

Resumo

Este estudo aborda as disparidades estruturais que dificultam o acesso a serviços fundamentais no Brasil, focando na comunidade LGBT+. O Sistema Único de Saúde (SUS) visa impulsionar a igualdade por meio de iniciativas como a Política Nacional de Saúde Integral LGBT+, que busca suprir as necessidades desses grupos. Nesse cenário, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (Pet-Saúde) auxilia na capacitação de profissionais e vincula a comunidade, ensino e o serviço. Dessa forma, o artigo compartilha a experiência do Grupo de Afirmação de Gênero, desenvolvido em um Ambulatório LGBT+ no interior do Rio Grande do Sul, coordenado por acadêmicas bolsistas que fazem parte do Pet-Saúde, e uma preceptora da área da Psicologia. O grupo concede escuta e acolhimento para pessoas transgêneras, considerando as interseccionalidades, que são empregadas para entender as variadas opressões sofridas pelos usuários. Os encontros são semanais, os participantes discutem questões como identidade de gênero, sexualidade, saúde mental e outras questões significativas. Desse modo, os resultados revelam as dificuldades encontradas pela população LGBT+ para ter acesso à saúde, como a falta de qualificação dos profissionais. Portanto, percebe-se a importância de locais que ofereçam um olhar atento àqueles que não possuem determinados acessos, assegurando um atendimento acolhedor à variedade de identidades de gênero.