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A Educação em Saúde na área da Parasitologia: a experiência dos projetos de extensão LiPar e Educac na “Semana de meninas e mulheres na Ciência” ocorrida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Shayane Martins Rodrigues Gomes, Carlos Eduardo da Silva Filomeno, Luciana Brandão Bezerra, Claudia Moraes Clemente Leal, Ingrid Mendes Paschoal, Bruno Moraes da Silva, Beatriz Albuquerque Machado, Julia Leonidia de Oliveira Silva, Taynara Vieira Teixeira, Paula Ingridy Gomes Neves, Regina Bontorim Gomes, Karine Gomes Leite, Jéssica Silva Figuêredo, Adriana Raineri Radighieri, Thainá de Melo Ubirajara, Isadora do Monte Siqueira Bruno, Aline Aparecida da Rosa, Daniel Barbosa Guimarães, Joana Bernardo Manoel Maria, Renata Heisler Neves

Resumo


As atividades de extensão universitária têm ganhado cada vez mais espaço, por mostrarem-se importantes instrumentos de construção do pensamento científico, colaborando para a incorporação de novos saberes e práticas para a sociedade e para os extensionistas. Os espaços não formais de ensino, por sua vez, revelam-se ótimos meios para tornar a construção desses saberes possível. Logo, através da associação das atividades de extensão em espaços não formais de ensino, é possível promover as temáticas de educação em saúde em parasitologia, buscando conscientizar e prevenir, de modo criativo e ativo, as parasitoses que ainda são um grande problema de saúde pública. Desta forma, esse trabalho se propôs relatar a experiência dos projetos de extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, LiPar (Liga de Parasitologia) e Educac, no evento “Semana de Meninas e Mulheres na Ciência”, organizado por mulheres de diferentes áreas das ciências e tecnologias. Assim, analisou-se de que forma o espaço não formal de ensino pode ajudar na prática educativa das atividades propostas pelas extensões e de que maneira esses projetos levam o conhecimento de educação em saúde em parasitologia nesses espaços. Além disso, por meio da técnica da Nuvem de Palavras, buscou-se identificar as principais dúvidas sobre os assuntos de parasitologia abordados e também as pré-concepções sobre o tema. Portanto, concluiu-seque o espaço não formal institucionalizado pode ser um grande aliado para o ensino de educação em saúde em parasitologia, pois permite utilizar diferentes metodologias que colaboram para a compreensão da teoria com a prática.

Palavras-chave


Parasitologia. Educação não formal. Extensão Universitária.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ef.v0i24.77602