A Educação em Saúde na área da Parasitologia: a experiência dos projetos de extensão LiPar e Educac na “Semana de meninas e mulheres na Ciência” ocorrida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/ef.v0i24.77602

Palavras-chave:

Parasitologia. Educação não formal. Extensão Universitária.

Resumo

As atividades de extensão universitária têm ganhado cada vez mais espaço, por mostrarem-se importantes instrumentos de construção do pensamento científico, colaborando para a incorporação de novos saberes e práticas para a sociedade e para os extensionistas. Os espaços não formais de ensino, por sua vez, revelam-se ótimos meios para tornar a construção desses saberes possível. Logo, através da associação das atividades de extensão em espaços não formais de ensino, é possível promover as temáticas de educação em saúde em parasitologia, buscando conscientizar e prevenir, de modo criativo e ativo, as parasitoses que ainda são um grande problema de saúde pública. Desta forma, esse trabalho se propôs relatar a experiência dos projetos de extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, LiPar (Liga de Parasitologia) e Educac, no evento “Semana de Meninas e Mulheres na Ciência”, organizado por mulheres de diferentes áreas das ciências e tecnologias. Assim, analisou-se de que forma o espaço não formal de ensino pode ajudar na prática educativa das atividades propostas pelas extensões e de que maneira esses projetos levam o conhecimento de educação em saúde em parasitologia nesses espaços. Além disso, por meio da técnica da Nuvem de Palavras, buscou-se identificar as principais dúvidas sobre os assuntos de parasitologia abordados e também as pré-concepções sobre o tema. Portanto, concluiu-seque o espaço não formal institucionalizado pode ser um grande aliado para o ensino de educação em saúde em parasitologia, pois permite utilizar diferentes metodologias que colaboram para a compreensão da teoria com a prática.

Biografia do Autor

Shayane Martins Rodrigues Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Bacharel em Ciências Biológicas. UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Carlos Eduardo da Silva Filomeno, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ,

Luciana Brandão Bezerra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Claudia Moraes Clemente Leal, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Ingrid Mendes Paschoal, Universidade do estado do Rio de janeiro

Mestranda em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Bruno Moraes da Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestrando em Biologia Humana e Experimental. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Beatriz Albuquerque Machado, Universidade do Estado do rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Julia Leonidia de Oliveira Silva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Taynara Vieira Teixeira, Universidade do estado do Rio de Janeiro

Bacharel e Licenciatura em Ciências Biológicas. Universidade Veiga de Almeida, Rio de Janeiro, RJ

Paula Ingridy Gomes Neves, Universidade do estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Regina Bontorim Gomes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Karine Gomes Leite, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Jéssica Silva Figuêredo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Enfermagem. UERJ

Adriana Raineri Radighieri, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Bacharel em Biomédica e Graduanda em Enfermagem. UERJ

Thainá de Melo Ubirajara, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Isadora do Monte Siqueira Bruno, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda em Biologia Humana e Experimental. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Aline Aparecida da Rosa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutoranda em Microbiologia Médica Humana. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Daniel Barbosa Guimarães, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduando em Enfermagem. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Joana Bernardo Manoel Maria, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda em Biologia Humana e Experimental. UERJ, Rio de Janeiro, RJ

Renata Heisler Neves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1997), mestrado em Biologia Humana e Experimental pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001), doutorado em Biologia Parasitária pela Fundação Oswaldo Cruz (2006) e Pós-doutado pelo Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados - IOC- Fiocruz (2012). É professora associada da Disciplina de Parasitologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro da Faculdade de Ciências Médicas e bolsista do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística (Prociência) da UERJ (2017-2020). Participa como Docente permanente do Programa de Pós graduação em Biologia Humana e Experimental (BHEx ? UERJ) e Professora colaboradora do Programa de pós graduação em Microbiologia (UERJ). Atualmente faz parte da diretoria da Sociedade Brasileira de Parasitologia com o cargo de primeira tesoureira. Tem experiência na área de Parasitologia, com ênfase em Helmintologia de Parasitos, atuando principalmente nos seguintes temas: Helmintos de interesse médico e veterinário, trematódeos, Schistossoma mansoni; co- morbidades (associação da esquistossomose mansônica com outras morbidades como:desnutrição protéica, diabetes, dislipidemia, alcoolismo e síndrome metabólica); eficácia terapêutica diante da associação da esquistossomose e co-morbidades, relação parasito-hospedeiro, análise de vermes adultos por diferentes técnicas, dentre elas, a microscopia de varredura a laser confocal, análise histopatológica de tecidos, estereologia e interação parasito e microbiota. Além disso, atua como coordenadora em dois projetos de extensão da Universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ): um de Educação e saúde na área de Parasitologia para alunos do curso de enfermagem e o segunda da Liga de Parasitologia da UERJ para alunos das áreas biomédicas tendo experiência em ações extensionistas de Educação e Saúde voltados a Parasitologia em locais formais e não formais de ensino.

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Publicado

2021-08-05

Como Citar

Gomes, S. M. R., Filomeno, C. E. da S., Bezerra, L. B., Leal, C. M. C., Paschoal, I. M., da Silva, B. M., … Neves, R. H. (2021). A Educação em Saúde na área da Parasitologia: a experiência dos projetos de extensão LiPar e Educac na “Semana de meninas e mulheres na Ciência” ocorrida na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Extensão Em Foco, (24). https://doi.org/10.5380/ef.v0i24.77602

Edição

Seção

Relato de Experiência