A POLÍTICA DA EXTENSÃO COMO PEDAGOGIA DA SENSATEZ: A UNIVERSIDADE DESPERTADA

Autores

  • Alberto Damasceno UFPA
  • Emina Santos UFPA
  • Ney Cristina Oliveira UFPA
  • Patrícia Souza UFPA
  • Vanessa Costa UFPA

DOI:

https://doi.org/10.5380/ef.v0i4.24903

Palavras-chave:

pedagogia, ensino superior, extensão universitária

Resumo

Trata o presente artigo de análise das concepções de extensão presentes na história do ensino superior brasileiro, destacando a vertente do assistencialismo, majoritária até meados da década de 1990, e a versão mais recente, baseada em ressignificações das relações entre universidade e sociedade a partir de um caráter mais interventivo e sustentável. Importa dizer que, compreendida no passado com forte sentido assistencialista, a extensão universitária passou a ser entendida mais recentemente como um processo baseado numa relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Isso tem particular importância em um país como o Brasil, cuja significativa dívida social se acumulou durante séculos, construindo um cenário que não apresenta solução a curto e médio prazo. Essa realidade tem imposto a suas instituições e cidadãos, com justificada urgência, um amplo debate sobre como construir adequadamente a cicatrização de suas profundas chagas sociais e o equilíbrio de oportunidades de desenvolvimento humano para todos, ficando evidente que a consciência da diversidade, como valor positivo e emancipatório, é apenas o primeiro passo para a inclusão social. Para além da consciência, é preciso envidar esforços que consigam promover a construção de uma democracia racial real, com iguais condições e oportunidades para todos, em especial os afro-brasileiros, cuja “invisibilidade” e quase inexistência nas instituições de educação superior é prova inconteste da necessidade de reverter esse quadro de perversa seletividade. A esperança tem razão de ser, pois, se por vários anos a academia entendeu a extensão apenas como uma forma de prestação de serviços à sociedade, com enfoque em seu caráter assistencialista, depois de muitos debates e experiências acumuladas, esse conceito está mudando. Hoje, extensão é, principalmente, troca de saberes entre a academia e a sociedade. É, portanto, um processo de aprendizagem mútua.

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Biografia do Autor

Alberto Damasceno, UFPA

Professor do Instituto de Ciências da Educação, Diretor de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA. E-mail: alverto@ufpa.br

Emina Santos, UFPA

Professora do Instituto de Ciências da Educação, Diretora de Programas e Projetos da Pró-Reitoria de Extensão da UFPA. E-mail: emina@ufpa.br

Ney Cristina Oliveira, UFPA

Professora do Instituto de Ciências da Educação, Pró-Reitora de Extensão da UFPA. E-mail: neycmo@ufpa.br

Patrícia Souza, UFPA

Aluna do Curso de Pedagogia da UFPA, bolsista da Pró-Reitoria de Extensão. E-mail: patriciass@ufpa.br

Vanessa Costa, UFPA

Aluna do Curso de Pedagogia da UFPA, bolsista da Pró-Reitoria de Extensão. E-mail: nessa@ufpa.br

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Como Citar

Damasceno, A., Santos, E., Oliveira, N. C., Souza, P., & Costa, V. (2009). A POLÍTICA DA EXTENSÃO COMO PEDAGOGIA DA SENSATEZ: A UNIVERSIDADE DESPERTADA. Extensão Em Foco, (4). https://doi.org/10.5380/ef.v0i4.24903

Edição

Seção

Artigo Original