A POLÍTICA DA EXTENSÃO COMO PEDAGOGIA DA SENSATEZ: A UNIVERSIDADE DESPERTADA
DOI:
https://doi.org/10.5380/ef.v0i4.24903Palavras-chave:
pedagogia, ensino superior, extensão universitáriaResumo
Trata o presente artigo de análise das concepções de extensão presentes na história do ensino superior brasileiro, destacando a vertente do assistencialismo, majoritária até meados da década de 1990, e a versão mais recente, baseada em ressignificações das relações entre universidade e sociedade a partir de um caráter mais interventivo e sustentável. Importa dizer que, compreendida no passado com forte sentido assistencialista, a extensão universitária passou a ser entendida mais recentemente como um processo baseado numa relação transformadora entre a universidade e a sociedade. Isso tem particular importância em um país como o Brasil, cuja significativa dívida social se acumulou durante séculos, construindo um cenário que não apresenta solução a curto e médio prazo. Essa realidade tem imposto a suas instituições e cidadãos, com justificada urgência, um amplo debate sobre como construir adequadamente a cicatrização de suas profundas chagas sociais e o equilíbrio de oportunidades de desenvolvimento humano para todos, ficando evidente que a consciência da diversidade, como valor positivo e emancipatório, é apenas o primeiro passo para a inclusão social. Para além da consciência, é preciso envidar esforços que consigam promover a construção de uma democracia racial real, com iguais condições e oportunidades para todos, em especial os afro-brasileiros, cuja “invisibilidade” e quase inexistência nas instituições de educação superior é prova inconteste da necessidade de reverter esse quadro de perversa seletividade. A esperança tem razão de ser, pois, se por vários anos a academia entendeu a extensão apenas como uma forma de prestação de serviços à sociedade, com enfoque em seu caráter assistencialista, depois de muitos debates e experiências acumuladas, esse conceito está mudando. Hoje, extensão é, principalmente, troca de saberes entre a academia e a sociedade. É, portanto, um processo de aprendizagem mútua.
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