Ne pas toucher aux oeuvres: o princípio da (in)tangibilidade da obra de arte no contexto de sua exibição e suas (contra) significações pedagógicas
Mots-clés :
museu, arte, artista, mercado, educação.Résumé
Este ensaio, de cunho filosófico e programático, discorre sobre as significações da arte no contexto de sua exibição e suas implicações pedagógicas. Por contexto de exibição compreende-se os espaços institucionais e não institucionais que abrigam e expõem a produção dita de arte, tais como: os museus e as galerias de arte. O texto discute o caráter politico e pedagógico, como também ideológico da arte e das instituições museais ao analisar as injunções dessas instituições face às suas representações sociais e ao mercado de arte. Com isso, busca demonstrar de que maneira os discursos que sacralizam a arte, o artista e o espaço de exibição das obras de arte minimizam ou mesmo restringem o acesso à experiência da e com a arte; procura problematizar os meandros de uma relação de poder estabelecida entre público e obra no âmbito de exposição. Esta investigação tem, ademais, o propósito de descortinar as “promessas benfazejas da arte e de suas instituições de exposição” que grassam no âmbito do ensino de arte, tornando-o, não raro, mecanismo de reprodução da cultura dominante. Analisa, em suma, como a esfera da arte normatiza não apenas a produção da arte, como também estabelece os critérios de seleção das obras e do público. A investigação se ampara pelas contribuições de Paul Valéry, Theodor Adorno, Pierre Bourdieu, Bruno Deloche, Roger L. Taylor, Nildo Viana e Marilia Xavier Cury.
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