Bordejar sentidos e sensações: uma educação em deslocamentos

Autores

  • Marcus Pereira Novaes Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo https://orcid.org/0000-0001-6513-8367
  • Antonio Carlos Rodrigues de Amorim Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Educação. Campinas, São Paulo

Palavras-chave:

imagem, filosofia da diferença, cinema, sujeito.

Resumo

O campo da Educação, quando atravessado pela filosofia, arte e ciência, pode conectar-se ao universo das imagens diferindo intensivamente das suas usuais capacidades de pensar, imaginar, criar e inventar o novo, particularmente nas relações entre sujeitos e conhecimentos. Este texto pensa a urgência de apontar fissuras de uma constituição moderna fechada em uma estrutura de formação de um sujeito vinculado a conhecimentos autorizados a dizê-lo como verdade. Margeia as potências das imagens e seus possíveis efeitos em corpos e matérias de expressão, fora de uma percepção que não aja de modo conciliatório ou habitual com o que é sentido. Dialogando com referencial teórico das filosofias da diferença, sobretudo a de Gilles Deleuze, são escolhidos dois filmes como intercessores para o trabalho analítico e criativo que inspira deslocamentos das relações entre sujeitos e conhecimentos na educação. Para tanto, percorre linhas de fuga para pensar no intervalo, a partir da ideia de contraste e sua importante intensificação do “entre polos”: gênero, classificação, juízo. Pensa-se também pela imagem-infantil, conceito que nasce entre as margens do cinema, da educação e da filosofia com um estreito vínculo com os contrastes que dimensionam a infância e os seus sentidos lacunares.

Publicado

2022-12-21

Como Citar

Novaes, M. P., & Amorim, A. C. R. de. (2022). Bordejar sentidos e sensações: uma educação em deslocamentos. Educar Em Revista, 38. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/85931

Edição

Seção

Dossiê Sujeito e Conhecimento: articulações em contextos de formação e atuação docente