Educação ambiental em Duque de Caxias, RJ: contradições entre o discurso hegemônico e as questões socioambientais do território

Autores

Palavras-chave:

Educação, Educação Ambiental, Meio Ambiente, Justiça Ambiental

Resumo

O presente artigo discute a entrada de projetos de Educação Ambiental formulados por empresas em escolas públicas de Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ancorou-se teoricamente em pressupostos da Educação Ambiental Crítica e da Ecologia Política. Buscou-se apreender a lógica que norteia tais projetos e se eles colaboram para a precarização do trabalho docente e o enfraquecimento da autonomia da escola pública. Por outro lado, também constituiu objetivo verificar a relevância de tais projetos no enfrentamento das questões socioambientais do entorno das escolas. A opção metodológica foi a pesquisa qualitativa baseada na análise documental, na observação participante e em entrevistas com professoras de três escolas municipais da região. Nesse sentido, analisaram-se projetos de educação ambiental desenvolvidos nas unidades escolares por duas empresas situadas no Polo Petroquímico de Duque de Caxias (Reduc e Arlanxeo). Pode-se concluir que a entrada dessas empresas nas escolas acentua a precarização do trabalho docente e a expropriação dos conhecimentos das professoras, ao mesmo tempo em que fomenta uma postura conciliatória e pouco crítica dos alunos, se abstendo do enfrentamento das questões socioambientais que impactam nas condições de existência dos alunos e das comunidades da região.

Biografia do Autor

Marcio Douglas Floriano, FAETEC-RJ

Doutor em Educação - UFRJ

Professor de Geografia Ensino Básico - Fundação de Apoio a Escola Técnica - FAETEC-RJ.

Carlos Frederico Loureiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Professor Titular - Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação - UFRJ.

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Publicado

2022-12-21

Como Citar

Floriano, M. D., & Loureiro, C. F. (2022). Educação ambiental em Duque de Caxias, RJ: contradições entre o discurso hegemônico e as questões socioambientais do território. Educar Em Revista, 38. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/83004

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