Educação ambiental em Duque de Caxias, RJ: contradições entre o discurso hegemônico e as questões socioambientais do território
Palavras-chave:
Educação, Educação Ambiental, Meio Ambiente, Justiça AmbientalResumo
O presente artigo discute a entrada de projetos de Educação Ambiental formulados por empresas em escolas públicas de Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ancorou-se teoricamente em pressupostos da Educação Ambiental Crítica e da Ecologia Política. Buscou-se apreender a lógica que norteia tais projetos e se eles colaboram para a precarização do trabalho docente e o enfraquecimento da autonomia da escola pública. Por outro lado, também constituiu objetivo verificar a relevância de tais projetos no enfrentamento das questões socioambientais do entorno das escolas. A opção metodológica foi a pesquisa qualitativa baseada na análise documental, na observação participante e em entrevistas com professoras de três escolas municipais da região. Nesse sentido, analisaram-se projetos de educação ambiental desenvolvidos nas unidades escolares por duas empresas situadas no Polo Petroquímico de Duque de Caxias (Reduc e Arlanxeo). Pode-se concluir que a entrada dessas empresas nas escolas acentua a precarização do trabalho docente e a expropriação dos conhecimentos das professoras, ao mesmo tempo em que fomenta uma postura conciliatória e pouco crítica dos alunos, se abstendo do enfrentamento das questões socioambientais que impactam nas condições de existência dos alunos e das comunidades da região.
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