“Muitos como Um”: políticas curriculares, justiça social, equidade, democracia e as (im)possibilidades de diferir

Autores

Palavras-chave:

política curricular – justiça - equidade - diferença – discurso

Resumo

O artigo põe sob exame os sentidos de justiça social e equidade que vem norteando as políticas curriculares brasileiras nos últimos anos, pondo em destaque a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Analisa-se como esse sentido de justiça alinha-se as proposições de John Rawls (2000) em sua formulação de justiça como equidade, problematizando os princípios de sua teorização a partir do diálogo com Bhabha (2001), Derrida (2010), Laclau e Butler (2008) e Mouffe (1999, 2015), que compõem o referencial téorico que sustenta as argumentações feitas, numa perspectiva pós-estrutural discursiva. Argumenta-se que as significações de justiça e equidade, tomadas como igualdade/universalidade/homogeneidade, funcionam como tentativas de regulação e controle, e assim expulsam de suas formulações a “diferença”; a tomada da equidade como igualdade esvazia as lutas políticas pela significação, na refutação de múltiplas e diferentes perspectivas. Defende-se, a partir do diálogo com Mouffe, um outro sentido de justiça, assentado no pluralismo agonístico.

 

Biografia do Autor

Rita de Cássia Prazeres Frangella, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Professora associada do Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino e do Programa de Pós-GRaduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

 

Publicado

2020-12-20

Como Citar

Frangella, R. de C. P. (2020). “Muitos como Um”: políticas curriculares, justiça social, equidade, democracia e as (im)possibilidades de diferir. Educar Em Revista, 36. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/75647

Edição

Seção

Dossiê - Educação, democracia e diferença